sábado, 11 de abril de 2009

TRÊS TEMAS


Vamos a ver se consigo reunir num só blogue diferentes temas que, por sinal, surgiram todos na Imprensa de ontem e que, pela sua importância, merecem ser despachados num texto abrangente. Vamos a isso.
Primeiro, o caso do chefe da polícia britânica que, tendo ocorrido um deslize relacionado com documentos secretos que foram mostrados inadvertidamente, por terem sido deixados em cima de uma mesa, o mesmo admitiu a culpa e esse facto obrigou a antecipar a prisão de 12 elementos tidos como terroristas, que planeavam um ataque em Inglaterra. No que se refere à prisão tudo correu bem, mas o que não mereceu desculpa foi o desleixo que obrigou a antecipar a acção policial. Uma situação destas ocorreria por cá? Alguém, situado na área oficial, seria capaz de se demitir das suas funções por se ter sentido culpado de uma acção profissional?
Outro caso: o dos genéricos que têm levantado tanta celeuma entre o Ministério da Saúde, Ordem dos Médicos e a mesma dos Farmacêuticos. Uma forma de actuar que já é bastante antiga por essa Europa fora, e que, sem a mais pequena dúvida, provoca grandes economias nos doentes que não são forçados a adquirir remédios de marca, podendo optar pelo mesmo princípio de saúde com os chamados genéricos, essa medida não agrada a todos e já fez com que nascessem ameaças por todos os lados, porque alguns se sentiram melindrados nos seus interesses e, no fundo, quem sofre com tudo isso é sempre o “mexilhão”. Nem me dou ao cuidado de apontar, como me apetecia, os que optariam com todas as suas forças numa das escolhas, mas nem quero entrar por aí. O Ministério da Saúde conhece bem quem são e se não entra a matar é porque não tem coragem de enfrentar as situações. E, já agora, apetece-me aqui repetir o que venho clamando há mais de 30 anos, por ter usufruído dessa vantagem lá fora: trata-se do caso das vendas de medicamentos em unidoses, a qual se mantém ainda em fase de “análise”. Também me sucedeu, na Grã-Bretanha, há mais de 40 anos, ter sido receitado por um médico quatro pastilhas de um produto de marca e a farmácia forneceu-me de harmonia. Mas isso foi lá fora, em terras atrasadas em ralação à nossa!...
Por fim e por agora, congratulo-me pela circunstância de verificar que alguém leu os meus blogues em que insurgia contra o facto de existirem tantas casas em Portugal, principalmente em Lisboa, que, estando abandonadas muitas, por se encontrarem em péssimas condições de habitabilidade, permanecendo nessas condições e não sendo arranjadas nem alugadas. Pois o Governo despertou. E lançou uma proposta em que os proprietários são obrigados a vendê-las, dentro das regras de expropriação, no caso de não poderem fazer as obras que são indispensáveis, e que agora só se espera pela aprovação da Assembleia da República para que o passo definitivo seja dado. Há um mas, no meio de tudo isto. É que, no caso de não chegarem a acordo sobre o valor dos edifícios para venda, aí entram os tribunais e, neste caso, todos sabemos que se entra na fase do espera aí uns largos anos para que se saia do impasse.Era bom demais para ser verdade!...

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