sexta-feira, 27 de março de 2009

PORTUGAL A FALIR!...




Portugal está em riscos de falir? Esta questão foi posta recentemente pela SIC, a estação de televisão que conta com larga audiência e que, face a isso, deixou muitos espectadores em verdadeiro pavor.
É evidente que esta pergunta e a falta de resposta, porque ninguém pode acrescentar alguma coisa a este alarme, só é possível devido ao facto de o Governo que temos suportado ao longo desta legislação o que tem feito é embalar os problemas, com afirmações públicas, pelo primeiro-ministro e por alguns dos seus companheiros de Executivo que só têm servido para provocar, cada vez mais, uma desconfiança quanto à capacidade de liderança dos que se encontram no poder. Temos, pois, que não esconder um grito de revolta que nos anda a querer saltar do peito, muito embora – e isso é que é dramático – não saibamos, na maioria de nós, portugueses, o que iremos votar no próximo acto (e isto se não se abstiver uma grande parte dos cidadãos), em quem depositaremos a nossa escolha.
É demais! Não podemos suportar por mais tempo aquela figura arrogante de José Sócrates a perder tempo e a fazer como antigamente, no tempo da Ditadura, com inaugurações e a colocar uma pá de cimento em obras que até dão vontade de rir. E as suas afirmações aos jornalistas, sempre com um ar de que não quer ser incomodado, de que vai tudo bem e que ele é que sabe, em vez de se preocupar em fazer diminuir a imagem péssima que tem junto dos portugueses, o que aumenta é a aversão que por ele os portugueses sentem cada vez mais. E quem tem dúvidas basta andar por aí, coisa que ele não faz e que, tal como Salazar, perdeu o contacto com as populações… que é a pior coisa para um governante…
Alguém deveria dizer-lhe, mesmo que ele naturalmente não quisesse ouvir, que, se obtiver de novo votos suficientes para formar Governo, mesmo que não maioritário, o que é evidente, isso não será por mérito próprio, mas apenas e só porque as oposições não são capazes de desempenhar o papel que lhes cabe e não mostram ao povo uma saída por essa via. E esse é que é o problema principal do nosso País. No meu entender, está bem de ver.
Tenho vindo, com enorme esforço, a contemporizar com a acção do Ministério de Sócrates, na esperança de que o homem acabaria por ser capaz de reconhecer que tem actuado com ausência de capacidade de evitar que o nosso País acabe por cair numa situação tal que seja comparável a uma falência empresarial. Mas chego a esta conclusão: a de que não é justo que tenhamos de correr o risco de cair nessa situação. E, todos, a contemplar o caminho que levamos, nada podemos fazer no sentido de sairmos deste atoleiro de incompetência em que nos encontramos.
Também, verdade seja dita, os colaboradores que são escolhidos para ocupar lugares de enorme importância para auxiliar a recuperação de Portugal, parece que, de propósito, estão a ser repescados por aquilo que o seu passado negativo tem para mostrar. Veja-se o que sucede com o AICEP. Mas, sobre isto, escreverei um dia destes. Mesmo que não resolva nada, cheguei ao ponto de não poder ficar mais tempo sem largar para o exterior aquilo que precisa de ser dito.
Bem me bastaram os anos em que, durante a época da outra senhora, a Censura e a PIDE calavam a boca dos jornalistas, dos que se atreviam a fazer chegar ao exterior o que se podia denunciar. Eu sei o que me custou essa mordaça…

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