sábado, 14 de março de 2009

ASSALTOS AUMENTAM



Ao ter assistido, na TV, a descrição do actor português que passou recentemente uma larga temporada no Brasil, de apelido Melo (peço desculpa por não ter fixado o nome) e em que contou o assalto de que foi vítima no Rio de Janeiro, em que lhe levaram tudo e esteve em riscos de vida, coisa que é tão banal naquela cidade carioca, só me veio à lembrança a vaga de assaltos e de roubos, também violentos, que estão a ocorrer no nosso País, com o uso de armas de fogo que cada vez são mais vulgares nas mãos dos bandidos, situação esta que, segundo parece, não se verifica, por parte das forças policiais, solução à vista, ao ter feito a reflexão quanto aos dias de amanhã que nos esperam não posso considerar-me tranquilo.
E é já a Imprensa que confirma essa insegurança, transmitindo dados oficiais portugueses que mostram ter aumentado o crime violento em 2008 e em relação ao ano anterior foi de 10,7% esse salto estatístico.
Estas notícias não constituem, de facto, nenhuma surpresa a dar aos cidadãos nacionais, dado que, diariamente, se tomam conhecimento de novos assaltos a tudo que pode representar alguns benefícios para os ladrões. Os bancos, que constituíam um objectivo quase raro dos amigos do alheio, hoje estão na mira de autênticos “gangs” criados para o efeito. E não se ficam por aí os malandrões dos bolsos alheios, pois que qualquer restaurante em pleno funcionamento é cobiçado para serem obrigados os clientes a deixar os seus haveres, como as caixas registadoras de tudo que é estabelecimento representam uma meta a atingir em cada acção, para não falar no habitual que são as estações de gasolina, as preferidas por tal gentalha.
Quer dizer, segundo tudo indica, não faltará muito tempo para alcançarmos a situação de vida perigosa que se conhece no Brasil, ficando quase igualitários neste particular, mas bem distantes no que diz respeito ao todo o resto que constitui as riquezas naturais que ali foram descobertas pelos portugueses nos anos de 1500.
A imigração que se tem verificado de cidadãos brasileiros que ainda procuram em Portugal o ponto de sossego para exercerem as suas profissões, essa tem tendências a diminuir, até porque o desemprego que grassa por cá não continua a constituir motivo de atracção dos nossos irmãos brasucas.
Mas poderemos andar descansados quanto às más acções dos grupos de roubo que podem transferir-se atravessando o Atlântico, se não se formar uma defesa policial capaz de tirar da cabeça dessa vaga de assaltantes brasileiros a ideia de que, deste lado da Europa, é tudo mais fácil para os objectivos que têm em mente?
Descansados é que não podemos ficar. E o actual Governo, no fim do seu quarto ano de vida, assim como os que se lhe sucederem, têm de tomar todas as medidas que estiverem ao seu alcance para não dar ocasião a que o mesmo venha a ocorrer entre nós. Há que confiar que não sucedam primeiro as malfeitorias e só depois, com lentidão, é que as polícias dão ares da sua graça!
Mais um problema para nos atormentarmos, para além dos muitos com que já nos defrontamos.

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