terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

NOVO ROBIN DOS BOSQUES


Não custa assim tanto, de facto, aceitar que a boa experiência que os americanos estão a sentir com a eleição, ainda recente, de Barak Obama para presidente dos E.U.A., está a dar resultados positivos em muitos outros países que, sem complexos, entendem que são medidas também a seguir em vários cantos do mundo.
É sabido que a América do Norte, pelo extensão da sua área, pela sua posição geográfica e também devido ao factor de ter sido, desde a sua constituição, um país que tem acolhido milhões de povos de todas as origens e, devido a isso, se apresenta como uma mistura que se coaduna com as diferentes espécies humanas, por isso e ainda por se ter apresentado sempre como uma Nação rica e poderosa, quando o comando das suas acções não condiz com o que a esfera terrestre aguarda como exemplos, a desilusão e as más consequências fazem-se notar em todo o hemisfério. Foi o que sucedeu durante a vigência do anterior presidente Bush, pelo que também a chegada ao poder de Obama constituiu um sopro de esperança que se respirou em muitas zonas do mundo.
Ainda não é altura de lançarmos foguetes, porque o pouco tempo decorrido desde a data da mudança na Casa Branca não chegou para apanharmos as caninhas. Mas, o seu tom conciliador e aquilo que tem afirmado desde o dia em que se sentou na cadeira da sala oval, tudo isso já permitiu perceber que se trata de um político que, embora sem a chamada experiência que muitas vezes constitui um motivo para a escolha, o que leva na bagagem é o chamado bom senso, qualidade de que, com frequência, se nota a ausência por parte de pessoas que se habilitam a situar-se à frente de governos. Nós, por cá, temos experiência do que é isso de falta de sentido comum, de ausência de vontade de ouvir quem sabe mais, de não estabelecer um diálogo com os outros e pôr de parte quezílias partidárias.
Mas, pelo menos é a minha impressão, de que o estilo obanista (tipo Robin dos Bosques) está a chegar a S. Bento. E, do mal o menos, pois que, se forem aproveitas as boas medidas, ainda podemos usufruir dos bons resultados.
Sócrates, de repente, começou a utilizar um estilo que mostra semelhanças com aquilo que, do outro lado do Atlântico, se está a desenvolver pela actuação de Obama. Parece que se perdeu o complexo de exigir dos ricos, nas comparticipações nas Finanças, procurando-se aliviar as classes mais desfavorecidas. Pelo menos o anúncio, com alguma precaução, já foi dado por Sócrates, e espera-se que terminem de vez os salários de verdadeiros “paxás” que se praticam ainda por cá em diversas empresas com intervenção estatal e até naquelas que já usufruíram de auxílios dos dinheiros públicos.
Não me alongo neste pormenor. Toda a gente sabe que se trata de uma vilanagem que não pode ser autorizada pelo sector público. E que as mordomias de toda a espécie que são concedidas a felizardos que se encostam ao Poder, essas têm que ter um fim… e quanto antes.

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