terça-feira, 20 de janeiro de 2009

BARAK OBAMA - EXPECTATIVA


Chegou, por fim, o dia tão esperado. Depois de um período de campanha eleitoral em que, a pouco e pouco, se foi consciencializando na opinião pública mundial a ideia de que, afinal o povo americano perdia aquela posição, que todos os de fora tinham como segura, de que existia nos E.U.A. uma estabelecida aversão à raça negra, após essa primeira fase em que Barak Obama se mostrou com a maior clareza, na imagem e nas palavras, começou a ficar claro que seria esse o candidato escolhido para presidir ao País que se encontrava envolto numa situação de culpado de muitas situações que tinham sido criadas pelo homem que se encontrara à frente dos seus destinos durante dois mandatos.
Não se pode concluir se o que se alterou na opinião americana foi a sua pouco preferência pela raça negra ou se terá sido o mau comportamento de George W. Bush que teve influência na escolha seguinte. Daí o ficar a dúvida se foi um que perdeu (embora não fosse concorrente desta vez) ou se terá sido o segundo que conseguiu a vitória pelo seu mérito. Mas, na verdade, já tanto faz.
O que é certo e seguro é que os olhos do mundo - e sempre foi assim por outras razões - se encontram fixados na actuação que, a partir de agora, o novo Presidente vai exercer. Mas também, como afirmei ontem, não se pode esperar que, de um dia para o outro, por mais enérgico e competente de que dê mostras, provoque uma reviravolta nos males que se espalharam por toda a parte e, repentinamente, aquilo que é uma estrondosa crise se transforme em benefícios. Mais do que nunca, é fundamental que o pessimismo que grassa pelo mundo não passe, repentinamente, para um optimismo desmedido. Porque o desconsolo dará resultados que podem transformar-se em suicídios colectivos.
Por mim e por agora, não pretendo adiantar mais quanto ao que se passará com o que é visto como um “salvador do mundo” e prefiro marcar a data da entrada em vigor do seu mandato, primeiro com o fim, mesmo que temporário, da disputa entre Hamas e Israelitas, e depois, com outra notícia que rapidamente correu a esfera terrestre: de que destacados intelectuais e artistas árabes terão enviado uma carta aberta à cantora representante israelita ao Festival da Canção, a árabe israelita que se apresentará como Judia Noa e cantará em árabe, hebraico e inglês, uma canção de mensagem de paz para o Médio Oriente, insistindo nessa carta-aberta para que a cantora não “colabore” com a posição israelita, fazendo-lhe propaganda.
Ora, são estes e outros problemas, que os Homens criam artificialmente, que provocam depois as desavenças com elevadas mortes, passando uns a praguejar contra os outros e a afirmar-se como sendo donos da única verdade, que é aquela que não pertence a nenhum dos conflituantes.
Que Barak Obama seja bem-chegado à Casa Branca, já que suporta sobre os ombros a enorme responsabilidade de retirar a ideia de que os americanos do Norte são donos do mundo. Mas que a sua influência e o seu poder possam e devam constituir uma ajuda importante para que as nações se entendam e terminem com as escaramuças que os dividem em muitos sítios. Quanto a isso, julgo eu, não haverá muita discordância.

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