sábado, 13 de dezembro de 2008

PRESENTES



Por mais difíceis que sejam os dias que atravessamos, mesmo neste época natalícia em que, de uma forma habitual, se deitam para trás das costas as coisas tristes – isso quem o consegue -, também os membros do Governo, por convicção ou por subordinação, costumam oferecer ao seu Chefe uma prendinha de Natal e, este ano, parece que não fazem excepção a essa regra.
Normalmente, diz uma publicação semanal que dedicou uma página a esse tema, reúne-se o Executivo num almoço de Natal, onde há troca de presentes, e em que, por concordância de todos, é entregue uma prenda a José Sócrates. Não se sabe se a recíproca se vai verificar, podendo acontecer que sejam todos corridos a Magalhães, que é o presente deste período da predilecção do primeiro-Ministro. Para fazer um pouco de graça triste que já se está a tornar fastidiosa, eu acrescento que, provavelmente, o ministro Mário Lino não concordará com os seus parceiros na escolha da oferta e gritará a sua frase predilecta: Jamais!
Deixando de lado as gracinhas de mau gosto, lembro que José Sócrates já teve uma prenda antecipada que foi o assalto de que o seu filho mais novo foi vítima, ameaçado por quatro indivíduos de idades entre os 16 e os 20 anos, portadores de facas, tendo-lhe roubado um telemóvel. Estas coisas não acontecem apenas aos cidadãos comuns e é até bom que batam à porta de figuras de nomeada, sobretudo governantes e especialmente ao chefe do Governo, para que estes se dêem conta de que o nosso País não está, nem de perto nem de longe, seguro e que as coisas não andam tão cor de rosa como as afirmações frequentes de Sócrates querem fazer crer.
Daqui e ainda com uns dias de distância da Noite de Natal, envio, ao conjunto de membros do Governo que se encontram em actividade, os desejos de todo o período natalício, mas não só este como também e sobretudo ao que se segue e até às eleições do próximo ano, com uma actuação com as cabeças bem colocadas sobre os ombros, fazendo todos os esforços para que aquilo que dependa deles não se filie em teimosias de que são os melhores, de que tudo que fazem é bem feito, antes aceitando que são humanos, que também erram e dando a mão à palmatória cada vez que seja necessário para acalmar os ânimos e fazer justiça.
Não sei se será ter demasiadas esperanças.

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