sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

HÁ OUTROS AINDA PIORES...



Aquela expressão do Rei de Espanha, dirigida ao Presidente da Venezuela, que correu mundo e ainda hoje se aplica sempre que vem a talho de foice, a do “por que no te callas?”, apetece repetir nesta ocasião em que José Sócrates quis aproveitar a ocasião do Natal para se dirigir ao “seu” povo.
Não é que a figura venezuelana não tivesse merecido a pergunta, dado o seu comportamento só tem comparativo como o de Alberto João Jardim, que não sabe também o que é ter tento na língua, mas, pelo menos pela graça que provocou, não vem mal ao mundo que, volta não volta, seja recordado por isso.
Ora, que o responsável interno número um daquilo que ocorre na situação em que se vive em Portugal – repito, interno, porque há muitas consequências que chegam de fora e das quais não temos forma de fugir -, que esse que tem nas mãos algumas soluções que nem sempre dá mostras de saber utilizar, tivesse querido surgir mais uma vez perante as câmaras de televisão, a propósito do período natalício, pensando que, com isso, ganharia pontos no que diz respeito a um reforço de aceitação na opinião pública portuguesa, que é como quem diz, reforçaria o número de votos de que necessita nas próximas eleições, pois Sócrates, quanto a mim, teria feito melhor figura se não se quisesse armar em Chefe do Estado, que esse, como é usual, dirige-se aos portugueses e deixa-lhes algumas palavras de conforto e de esperança.
O que o chefe do Governo fez foi, em primeiro lugar, lambuzar-se com os as medidas tomadas pelo seu Executivo, todas excelentes como, claro, não podia deixar de ser, mas não apresentando quaisquer desculpas por alguns erros que tenham sido cometidos e muito menos garantindo que, de futuro, se iriam empregar todos os esforço para que ele e os seus membros não desmerecessem dos poderes que lhes são confiados, isto é, tivessem a noção das prioridades das acções que, nesta altura, têm de ser consideradas acima de tudo, precisamente porque nos encontramos numa fase em que os fundos são escassos e é forçoso saber ter consciência precisa para não gastar dinheiros públicos em coisas menos urgentes.
Não senhor. Nada disso surgiu na boca do contentinho da silva, que é o nosso primeiro-ministro. Sempre o que foi de sua autoria foi o máximo, ninguém faria melhor, nunca se engana, não tem erros a emendar, não é um ser humana, mas um deus acima de todas as outras pessoas.
Eu, que até votei PS e, nesta altura, se houvesse eleições, me debateria perante a dificuldade de encontrar quem o substituísse com vantagem – por que são todos medíocres, embora por razões diferentes -, não deixo de me irritar quando oiço e vejo o Sócrates que temos com aquele ar de que nunca se engana e nem tem dúvidas. Tal como o outro, que até é agora o nosso Presidente da República.
E é com todos estes portuguesinhos convencidos que chegámos onde estamos, na cauda das caudas da Europa, mas sempre contentes por haver outros ainda pior!...

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