terça-feira, 16 de dezembro de 2008

FRIOZINHO



O Instituto Nacional de Estatística, volta não volta surge com dados que nos deixam informados mas, ao mesmo tempo, também com maiores preocupações dos que as que já sentimos na nossa vida diária. Desta vez veio pôr-nos ao corrente de que 18 por cento dos portugueses vivem com 379 euros por mês, ou seja cerca de 12,5 euros por dia.
Por aqui se vê como anda tanta gente neste País a arrastar-se, sem ter a noção do que é viver, nem sequer medianamente, e a tomar conhecimento de que uma porção, pequena embora, de bem-aventurados aufere verdadeiras fortunas todos os meses e regala-se com a excessiva abundância em que se movimenta. Se há Justiça divina ou seja lá aquilo que for, pergunto-me como é possível admitir-se que as desigualdades atinjam foros tão monstruosos e que os mais desfavorecidos sejam aqueles que mais oram a agradecer as graças vindas do Alto.
E, nesta Terra onde habitamos, a revolta ainda tem de ser maior, sobretudo quando se toma conhecimento, por um lado, das faltas de meios mínimos para manter uma existência reduzida mas sofrível e, por outro, receber a informação de que os produtos mais essenciais aumentam constantemente de preço, como é o caso hoje anunciado de que a electricidade sobe 4,3 por cento, o que constitui a obrigação de diminuir drasticamente os gastos com a luz, isto é, apagarmos as lâmpadas quando não são necessárias e, nem por sombras, ligarmos o aquecimento para além do mínimo dos mínimos.
É assim. Tendo-se Portugal como um País de clima temperado, a verdade é que se sofre mais de frio por cá do que noutras Terras com temperaturas abaixo de zero. Porque, por lá, o aquecimento está sempre ligado, dia e noite, o que não é hábito pelos nossos sítios.
Aguentemo-nos, pois, que já é o costume nacional!

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