segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

DESENCANTO... POR ENQUANTO!

Parece que, por cá, a coisa ainda não é aceite em plenitude. Por esse mundo fora e até em países europeus, é considerada em absoluto pela classe médica. Mas, em Portugal, onde se mantém a convicção de que é terra de gente muito conhecedora em todas as áreas, a acupunctura é vista pelo canto do olho.
Os milhares de anos que têm servido para os orientais recorrerem àquela ciência e com sucesso, não chegaram para nos convencer da sua validade. Ainda é praticada, entre nós, à revelia de muitos profissionais médicos que, no entanto, se se vêm muito castigados por enfermidades que a medicina convencional não resolve, às escondidas acorrem à acupunctura.
Abordo este assunto por experiência própria. Até resisti a recorrer a tal ciência, pois fui antes operado a uma hérnia discal, mas, em face do problema mal resolvido com que me debati, perante o conselho que me foi dado à boca pequena, fui cair nas mãos do japonês. Atrevi-me. Deu resultado. Agora, aconselho a acupunctura até a amigos médicos. E faço-o também por provocação.
Continuamos a lastimar o facto de não conseguirmos uma aproximação, maior e mais rápida, quanto ao espaço europeu associado. Pudera, enquanto não dispusermos da coragem de reconhecer que, imitar as experiências realizadas por outros, sendo bem sucedidos, não é uma atitude desprestigiante, antes constitui um acto de bom senso, enquanto não nos despirmos de preconceitos não passaremos da cepa torta.
O Estado português – ou, por outras palavras, os governantes - que, por exemplo, gasta fortunas com remédios tradicionais, aqueles que ainda não se receitam em doses individuais, mas sim em embalagens, cujo conteúdo excede o necessário para o tratamento -, esse Estado é excessivamente lento a mudar o que lhe está implantado nos hábitos. E nós, os que cá andamos para pagar e para obedecer, não temos mais remédio do que sermos “pacientes”.
Pacientes de duas maneiras. Porque sofremos as doenças e temos de nos encher de paciência para suportar esta cambada que chega sempre ao poder e não é capaz de emendar o que está errado.

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