quarta-feira, 19 de novembro de 2008

DISCURSO DO FIM DO ANO




Está a aproximar-se o Natal e o fim do Ano, que é uma das épocas tradicionais para o Presidente da República fazer o seu costumado discurso dirigido ao Povo português. E dado que, com excepção daquele caso da Assembleia dos Açores – que, de resto, não causou grande sensação a quem o estava a aguardar com expectativa, em virtude do suspense fabricado -, não é muito corrente ouvir-se Cavaco Silva dizer com clareza aquilo que lhe vai na alma, falando para os cidadãos sobre temas que estão a causar preocupações em alturas específicas, em vista disso e perante as circunstâncias de se estar a atravessar um período que é, deveras, preocupante, para todo o mundo, mas que nós, neste cantinho que não tem grande voz para ser ouvida, aqui estamos a ver se se conseguem aproveitar as melhorias que nos cheguem de fora para também nos livrarmos da tal crise, sobretudo quando há mais gente a preocupar-se em encontrar os culpados do que a procurar o remédio, perante tal circunstância, temos razões para aguardar, com os ouvidos bem abertos, tudo o que o actual Presidente dos portugueses tem para dizer. Porque, quanto a Sócrates e a alguns ministros que por aí se pavoneiam, estamos nós fartos de saber o que pensam e de conhecer as suas fantasias e as suas faltas de explicação, como lhes tem de ser exigido por todos os que pagam os seus impostos.
Não me quero adiantar, até porque falta ainda algum tempo para chegar o dia em que Cavaco Silva se colocará, perante as câmaras de televisão e microfones, disposto a dizer aos portugueses aquilo que pensa que se vai passar em Portugal e como ficaremos quando passar esta fase de verdadeiras dificuldades. E, claro, espera-se que não esconda os erros que têm ocorrido, apesar do vício daqueles que têm responsabilidades e que não se cansam de se vangloriar sobre tudo que fazem, não admitindo nunca que se enganam!...
Claro que não queremos que se levantem desavenças entre as duas Instituições máximas do Estado nacional. Nem por sombras. Mas que alguém, com voz poderosa, faça o papel que as Oposições não estão a desempenhar, que é o de apontarem os erros, mas não deixando de apresentar soluções para serem discutidas em campo aberto, isso, em face das circunstâncias, e embora a Constituição portuguesa não dê poderes ao Presidente para intervir nas acções do Governo, seria bam que mostrasse aos cidadãos nacionais que, pelo menos, tem uma posição, mesmo que ela não seja igual à dos governantes. Claro que o ideal é uma coisa, mas a realidade é outra, bem diferente!...

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