terça-feira, 11 de novembro de 2008

EMEL



Então não é que uma empresa municipal, que tem dado mostras de funcionar tão bem, estando exemplarmente a exercer as funções que lhe são atribuídas, e que, para além disso, é de tão grande importância no que se refere ao aparcamento das viaturas automóveis na cidade de Lisboa, não é que, de repente, perde a sua presidente do conselho de administração, de nome Marina Ferreira, alegadamente por “motivos pessoais”, segundo a própria! Esta demissionária e antes ex-vereadora do Município alfacinha chegou a ser tempos depois, interinamente, presidente da C.M.L., na altura em que Carmona Rodrigues deixou aquele cargo. Logo, trata-se de uma personagem com curriculum de mando e de responsabilidades que não sei se foram sempre levadas a cabo com inteira satisfação dos munícipes. Digo que não sei, para dizer alguma coisa.
António Costa, presidente do Município, aceitou a demissão da responsável principal da EMEL, que assim se chama a organização que, para além de tudo, encontra-se sob responsabilidade da Câmara.
A razão por que dou importância de blogue a este acontecimento é para fazer a mim próprio uma pergunta, de que antecipadamente sei a resposta, mas a deixo ao sabor dos que me lêem: A EMEL tem cumprido plenamente o papel que lhe foi entregue?
Falo, por exemplo, de um bairro que conheço bem: de Campo de Ourique. Os aparelhos colocados nos passeios para que os usuários dos aparcamentos nas ruas possam, depois de enfiar o seu dinheiro na ranhura própria, retirar o cartão que colocam na plataforma do pára-brisas, esses gingarelhos, que nem sempre funcionam, estão por toda a parte, mas o que não se vê nunca é os funcionários da empresa a verificarem se os automóveis têm à vista o tal identificativo das horas pagas para estacionar. Mas ao que, com frequência, se assiste é a indivíduos à paisana, ou seja sem qualquer identificação visual, a abrir aquelas caixas do dinheiro e a retirá-lo, tudo isso à frente de qualquer pessoa e com o maior à-vontade. Isto é a prova provada de que não existe qualquer controlo por parte da tal EMEL, ao mesmo tempo que se lê com frequência que a empresa não é lucrativa.
Casos destes só podem verificar-se no nosso País, porque noutro qualquer já há muito tempo que a situação estava regularizada e não dava ocasião a rirmo-nos todos das ineficiências dos empreendimentos geridos pela administração pública, isto, claro, com excepção para o Ministério das Finanças, que esse, no capítulo da recolha de contribuições e impostos, aí nunca falha!...Vamos a ver quem substitui a presidente demissionária da EMEL. Não é por nada, mas só para confirmar se a empresa andou mal, de facto, só por ter sido mal administrada

1 comentário:

Tim disse...

Verifique o que se passa actualmente em Campo de Ourique: http://campodeourique-revoltado.blogspot.com/
quanto à alteração de metodologia de estacionamento: um escândalo.