quarta-feira, 15 de outubro de 2008

ORÇAMENTO 09


Ainda é cedo para comentar o Orçamento 2009 que foi ontem apresentado ao fim do dia e, mesmo assim, com avarias nos meios de comunicação, tendo o presidente do Parlamento português que aguardar algumas horas para se inteirar do que é que ia aparecer como novidades que o Governo tinha cozinhado.
Não sou daqueles que saltam de imediato à liça para apoiar ou contrariar os estudos e as promessas que os Governos fazem, cada vez têm de apresentar o Orçamento para o ano que aí vem. Por isso, se houver ocasião para isso, e por partes, lá irei a seu tempo.
Temos ainda muitos assuntos para nos preocupar o pensamento que, pelos vistos, não são tratados no tal documento surgido com tanta pompa e circunstância. Também não admira, pois as próximas eleições legislativas começam a estar à vista e todos os cuidados são poucos por modo de não criar, a esta distância, descontentamentos e motivos para as oposições aproveitarem eventuais falhas eleitoralistas.
Vou só, por gora, falar de dois temas: o primeiro é o do preço da gasolina que não há forma de os governantes se encherem de coragem para meterem na ordem as empresas patroas da movimentação daquele precioso combustível, forçando-as a equilibrar o preço de venda nos postos, de acordo com as baixas que se verificaram nas extractoras. Se sobe, em Londres ou em Nova Iorque, nessa mesma altura aumentam as tabelas de venda ao público; se desce a cotação nos mesmos sítios, as baixas, aliás insignificantes, só surgem passado um tempo longo. As pretensas explicações confusas lá surgiram, mas não convencem ninguém…
O segundo tema tem a ver com a candidatura ibérica ao Mundial de futebol de 2018, que surgiu como proposta do outro lado da fronteira, e que pode aproveitar bem os vários estádios construídos em Portugal e que se tratou de um dispêndio exagerado de novos ricos que um Governo passado resolveu fazer para dar mostras de desempoeirado, sem olhar ao estado em que estavam e ficaram as finanças, quer de clubes quer dos próprios cofres oficiais.
Já não me refiro a outro assunto que bem deveria fazer parte do Documento agora tornado público: o estado da Justiça no nosso País. É tema ignorado, é problema que não interessa muito aos que governam, sejam eles quem forem, porque isto de meter a mãos onde há juízes e magistrados é uma escaldadela e a coragem nem sempre está disponível!”

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