segunda-feira, 27 de outubro de 2008

BANQUETES



Eu tenho deixar de me preocupar com esta gentinha que faz parte das diferentes posições que existem na máquina administrativa do Estado, seja nos ministérios, seja nos municípios, seja em qualquer dos organismos que, de uma ou de outra maneira, o dinheiro que custam é proveniente dos cofres que os contribuintes têm de contribuir para preencher. É que quem fica incomodado sou eu e, digo-o em plena consciência, as situações não se alteram, quer eu escreva agora num blogue quer, como sucedeu antes durante anos, os meus escritos surgissem em publicações, algumas com largas tiragens. É que eles estão-se nas tintas para o que se diz e, quando fazem algum comentário, só serve para afirmarem descaradamente que “o que têm é inveja”…
Mas, mais uma vez e sem emenda aqui vai uma observação: então não é que foi divulgado que os ex-administradores da Gebalis, uma organização que depende dos dinheiros públicos, no estrangeiro e desde Fevereiro de 2006 e Outubro de 2007, gastaram cerca de 6.000 euros, em hotéis de luxo e em requintes gastronómicos em restaurantes de altíssimo gabarito! E o despacho de acusação é feita pelo Ministério Público, referindo-se mesmo aos nomes dessas pessoas que, pelo facto de porem e disporem dos fundos que a organização lhes confiava, não hesitaram em passear-se como se se tratassem de magnatas do petróleo e as ajudas de custo de que dispunham chegaram a atingir os 6 mil euros, sendo que os almoços de trabalho incluíam frequentemente vinhos de preços elevados, whiskies velhos e mariscos, sublinha o Ministério Público. Os tais ex-administradores da Gebalis são Clara Costa, o ex-vogal, Mário Peças e Francisco Ribeiro, que foi presidente da mesma empresa.
Volto aqui a referir-me à culpa que morre sempre solteira no nosso País. Não sei onde trabalham agora essas três figuras, mas não me admirava nada que estivessem, neste momento, a exercer altas funções noutra organização, igualmente estatal, sem ter de prestar contas pelos actos que o Ministério Público – que não é qualquer coisa – organizou em despacho de acusação.
A expressão bem portuguesa de “tudo ficar em águas de bacalhau”, aplica-se todos os dias a dezenas de actuações merecedoras de censura dos pobres dos cidadãos que fazem esforços inauditos para cumprir com o pagamento dos impostos que lhes cabem. Aposto que é o que vai suceder mais uma vez com estes dispêndios que, pelo seu exagero, levaram a que se tivesse organizado um processo. Mas, mesmo assim!...

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