segunda-feira, 29 de setembro de 2008

PROBLEMAS RESOLVEM-SE ?









Julgo que não causará grande espanto que eu recorra, com frequência, à ajuda das notícias da Imprensa para encontrar assunto que preencha os meus blogues diários. O que vai acontecendo e que constitui motivo para os jornais tirarem partido dessas novidades, evidentemente por se tratarem de casos merecedores de serem assinalados, suscita-me a mim, que não perderei nunca este vício do jornalismo que pratiquei durante mais de cinquenta anos, a vontade de também dizer de minha justiça.
E isso sobretudo agora, que já lá vai há anos essa maldita Censura e que, neste momento, em que outra tesoura afiada também espreita na comunicação social, esta comandada pelos interesses capitalistas, publicitários e outros e que estão atentos às faltas de domínio nos rapazes das Redacções, pois que nem sempre se pode dizer a verdade, sobretudo quando ela briga com factores que contribuem para que interesses criados sofram moléstias, eu, pelo menos, neste blogue estou isento de tais intervenções.
Vamos então ao que saquei hoje da Imprensa que despertou a minha vontade de dizer de minha justiça: em primeiro lugar, não posso deixar passar um tema que se refere às câmaras municipais e que divulga a notícia de que os municípios de todo o País estão a “arder” com milhões de euros, em virtude das rendas sociais que não conseguem ser cobradas e de que pouco têm valido os planos de pagamento faseados e as acções em tribunais. Quanto a estas últimas, não causa a menor admiração, sabendo-se como se sabe como anda a Justiça neste nosso País. No caso do município lisboeta, a notícia é clara ao anunciar que o montante por cobrar atinge já os 13 milhões de euros e que muitas das rendas em dívida não chegam a uma centena por mês. E o escândalo maior é que se sabe que há famílias que não pagam as rendas das suas casas sociais mas têm rendimentos que ultrapassam o milhar de euros mensais e algumas delas ostentam à porta dos seus lares viaturas de alto custo.
Isto é um dos muitos casos que se podem apontar neste nosso belo País solarengo, em que a Justiça, quer para um lado quer para outro, anda de olhos, de ouvidos e de nariz fechados. Tudo dorme nos nossos tribunais, apesar das montanhas de papel que se descortinam nos seus corredores, cada vez que temos necessidade de entrar num desses edifícios. E não há ninguém, com “eles” no seu sítio, que seja capaz de, uma vez por todas, meter juízes, sistemas, leis, seja lá o que for na ordem.
Vamos agora ao segundo assunto: João Loureiro, o filho do outro, o major, deve 77 mil euros à Segurança Social. Tratam-se de quotizações retidas dos salários de trabalhadores do clube axadrezado, referentes ao período de Maio a Novembro de 2007. E a lista de ordenados sobre os quais recaem as faltas de pagamento pelo Boavista Futebol Clube, que vão desde os 6 mil até aos 84 mil euros mensais. Uma ninharia!... Claro que, também neste caso, a Justiça marca passo. E não é contras os devedores que se justifica este texto. É sempre e só para assinalar que o nosso Ministro da Justiça – este e os anteriores -, os serviços judiciais de uma forma geral, toda essa gente que, em muitos casos, funciona em verdadeiros palácios ou edifícios imponentes (veja-se o caso de Sintra – para não deixar de referir também, e em contradição, certos pardieiros onde o respectivo pessoal se movimenta), mas que, quanto a resultados são aqueles que todos os portugueses conhecem.
Finalizemos, então, com o derradeiro tema de hoje: é que há 4.287 médicos estrangeiros a exercer a sua profissão nos hospitais públicos portugueses, número este que vai aumentar, pois que os existentes não chegam para as necessidades. E são das mais variadas origens esses profissionais da medicina que cá estão a prestar a sua actividade, desde a América do Sul até à União Europeia e da própria Europa de Leste. Isto, enquanto se mantém por cá, teimosamente, a norma de exigência de uma média muito elevada dos alunos saídos do secundário, fazendo até que bastantes desses estudantes sejam forçados a seguir a carreira de medicina em Espanha, onde essa obrigatoriedade não se verifica. Isto que eu escrevo para aqui são assuntos que, de uma forma geral, os portugueses conhecem e comentam entre portas. Todos saberão? Não, os homens dos Governos que nos têm “governado”, esses andam por outros espaços, Não se dão conta de nada do que é mais urgente solucionar neste cantinho que se agacha aqui na Península Ibérica. Claro, que andam preocupados com os tais submarinos, com os novos aeroportos, com as TVG e com tudo que, por mais útil que seja… só não é o mais urgente. Pode esperar

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