terça-feira, 30 de setembro de 2008

ALBERTO JOÃO


Não se trata de evidenciar regozijo por tomar conhecimento de que um compatriota foi condenado por uma condenação judicial. Mas, sabendo-se de quem se trata, de uma pessoa que usa e abusa dos termos menos apropriados para atingir outras personalidades políticas, sobretudo se pertencerem a grupos partidários diferentes do seu, pelo menos a mim, que não sou madeirense nem faccioso, esta condenação, confesso, provocou-me alguma satisfação.
Eu explico melhor: Alberto João Jardim, o tal desbocado que bem merece que, de vez em quando, seja chamado à colação para ver se consegue interiorizar que a responsabilidade do lugar que ocupa lhe deveria merecer um respeito mais visível pelo conjunto de intervenientes na política, quer se tratem de governantes quer se situem noutras posições menos valorizadas, esse ainda presidente da Madeira, foi agora condenado em 20 mil euros de indemnização a Edite Estrela, eurodeputada, por a ter difamado – é o que diz o veredicto -, chamando-lhe “delinquente”. E, caso curioso, foi o Tribunal Judicial do Funchal quem considerou que Jardim “se excedeu na crítica política”. A razão da fúria jardinista assentou no facto de Edite ter declarado que “a política regional madeirense se consideraria de fachada e sem sensibilidade social”.
Faço este exposição toda porque, primeiro, considero a especialista em língua portuguesa uma pessoa de trato agradável e, segundo, porque deveria a forma como ela usa a nossa língua ser exemplo a seguir pelo deslinguado Jardim, que não respeita ninguém, atirando pela boca fora os maiores despautérios, acabando sempre por perder até a razão, quando a tem, pois quando uma figura pública se exibe, deve ter o maior cuidado em não se exceder, utilizando termos que a população ouve e que, perante essa atitude, não se retrai também quando se confronta verbalmente com um parceiro. Os maus exemplos são mais fáceis de seguir…
Os madeirenses, que têm votado sempre na mesma personalidade política, poderão estar muito contentes com a governação que os dirige. Muito bem. Mas seria bom que levassem em conta que muito do dinheiro que tem contribuído para o progresso, sobretudo urbanístico da Ilha, vem dos cofres do Continente, o que não retira valor ao Alberto João, porque tem dado mostras que o utiliza bem. Mas, mesmo assim… a paciência tem limites!
Agora, o que está ainda para ver é qual a decisãodo Tribunal, perante o recurso com que Jardim respondeu à sua prima condenação. Eu não poria as mãos no fogo por uma decisão antecipada. Pode-se esperar de tudo!...

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