quarta-feira, 6 de agosto de 2008

CÍRIO



As lágrimas que correm neste mundo
A fome, a doença, os desgostos
Obrigam a que lá muito no fundo
Os homens escondam nas mãos os rostos

Sofrer é caos que ataca os mortais
Ricos e pobres, de todas as cores
É alguém que nos envia sinais
De que p’ra viver há que sofrer dores

É isso, a vida fácil não é
P’ra uns melhor, p’ra outros um martírio
Mas é quando se chega ao rodapé

Que já na fase final do delírio
Se toma consciência do que é
Quando então para nada serve um círio

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