terça-feira, 20 de maio de 2008

QUANTO MAIS POBRES, MAIS DESPERDÍCIO!



Por muito que se não queira, as notícias que nos chegam todos os dias - e já nem bastam as que vêm de terras estranhas, mais perto ou mais longínquas - no que diz respeito ao nosso País, o mal estar que nos deixam e a angústia crescente que se enfia em nós não pode fazer renascer alguma esperança de que o futuro nacional surgirá mais risonho um dia destes. Como que por milagre!
Hoje, apareceu o ministro Manuel Pinho, o da pasta da Economia, a informar que o "investimento directo estrangeiro baixou mais de cinquenta por cento no ano passado". Não que nos tenha apanhado de surpresa esta má nova - e ainda bem que há, no Governo, quem não nos ande sempre a injectar falsas esperanças, como faz o Sócrates, que parece não ter remédio no seu doentio optimismo -, mas o que é necessário é que alguém com responsabilidades nos diga que se está a dar este passo e aquele no sentido de tentar dar a volta à má sorte.
À falta de tais indicações, o que se lê no mesmo dia é que "sem submarinos, a Marinha seria uma Guarda Costeira", isso na opinião do chefe do Estado-Maior da Armada que, não temos mais remédio senão acreditar, representa a garantia de que a nossa soberania fica assim assegurada contra qualquer "invasão estrangeira". isto acrescento eu, claro, que farei coro com todos os cidadãos portugueses, os que lutam contra as dificuldades de sobrevivência cada vez maiores com que se vive cá dentro de portas.
Nem vale a pena acrecsentarmos mais alguma coisa a esta fanfarronice de ter a pretensão de juntar dois submarinos à "esquadra nacional". Já estamos habituados, desde sempre, a suportar as pretensões de uns tantos e que, depois, todos pagam com língua de palmo. E já agora, vale a pena lembrar que foi aquela figura irrealista do Paulo Portas, quando assuniu, imagine-se, o lugar de ministro da Defesa de Portugal, que deu o passo decisivo para que os dois submersíveis fossem adquiridos ao estrangeiro.
Para quê fazer comentários? Só gostaria de saber se, na qualidade de elemento da Oposição, aquela mesma personalidade teria dado o apoio a um Governo a que não pertencesse, para que se procedesse ao desperdício monstruoso com a compra dos tais barquitos que andam por debaixo do mar. Nem acrescento mais nada!...

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