POR MAIS DIFÍCIL QUE SEJA crer nesta realidade, o certo é que, apesar das circunstâncias se apresentarem cada vez mais difíceis para a esmagadora maioria dos portugueses, ainda existe muita gente entre nós que não realizou que o panorama real que vivemos é de um Estado mesmo à beira da rotura total de meios financeiros para fazer face às responsabilidades que tem de assumir e que muito comprometem as obrigações que cabem a uma figura de retórica que, para o povo, sempre representou o salva-vidas nos momentos de aflição.
Por falta de comunicação daqueles que têm tido o dever de falar verdade aos contribuintes, dourando a pílula nas alturas de mais negras cenas e escondendo a realidade para não serem acusados de maus gestores, sempre se assistiu no nosso País, como nos conta a História, a um disfarce, especialmente também para os que gozando de privilégios que os distingue da maioria, não terem de dar o exemplo, ou seja reduzir as mordomias que lhes são concedidas. Em tempos antigos eram os que pertenciam à nobreza, agora estão situados nas áreas sob protecção do sector político e, como lhes chamam alguns, do capital.
Seja como for, o que se passa é que a consciência generalizada de que Portugal se encontra numa situação de extrema pobreza e em que, com excepção dos tais “abençoados”, o Estado também sofre de falta de meios para fazer frente aos seus compromissos, essa realidade ainda não chegou com absoluta clareza à cabeça da maioria dos cidadãos que fazem parte da população nacional.
É por isso que se assiste com enorme frequência aos pedidos de ajuda que são apresentados sempre que uma qualquer amargura surge, como foi agora o caso do tornado que ocorreu na zona de Santarém, Tomar e arredores, em que os prejuízos atingem os 15 milhões de euros, sendo os atingidos, na sua maioria, particulares que viram as suas casas e alguns estabelecimentos em condições de destruição. Porém, muito embora o ministro da pasta respectiva, como sucede com frequência, tenha feito a promessa de que as instituições oficiais acudirão aos prejudicados – coisa que, como foi descrito numa emissão televisiva, ainda não sucedeu em relação a um caso ocorrido em 2008 -, as esperanças são muito escassas por parte dos que necessitam de ajuda. E esse é o mal que tem de ser apontado aos que se situam nos lugares de governação, de que não são capazes de falar a verdade e de dizer claramente que os dinheiros públicos não se encontram em condições de atender às necessidades mínimas, ao ponto de, como se divulgou nesta altura, há pelo menos dois tribunais do nosso País em que os telefones foram cortados por falta de pagamento das facturas respectivas. Em Torres Vedras e em Loures sucedeu isso mesmo.
Sendo assim, não seria muito mais honesto, por parte dos que têm cargos de governação, declarar abertamente que os cidadãos portugueses devem encarar de frente a realidade de que o Estado se encontra numa situação de enorme carência de meios? E isso porque também – entre tantas outras coisas de que nem existe ainda divulgação pública – a verba que é destinada à promoção externa do turismo nacional, por meio do AICEP, que é o organismo que dispõe desse encargo de enorme importância, tem ainda por assinar o protocolo que financia a rede de delegados que têm a seu cargo tal missão no exterior, e em que, por sinal o montante previsto para 2011 e inscrito no O.E. é de 15 milhões de euros, a mesma verba que é requerida pelos atingidos pelo tornado atrás descrito.
Não será necessário pôr mais na carta. E se bem que o 13.º mês referente ao subsídio deste Natal ainda tenha sido pago neste ano de 2010, o que todos os reformados imploram é que se consigam estruturar as finanças do Estado de modo a que não se atinja a situação gravíssima de ocorrer um fechar dessa porta. Mas como o Governo negociou a passagem do encargo desse sector, da PT, por exemplo, beneficiando da entrada das verbas acumuladas para esse efeito, o que seria quase impossível de admitir é que os novos governantes que aí poderão vir se defrontem com o problema de que acusem depois os anteriores, salvando-se da responsabilidade do acto.
Nem tenho coragem para pensar que esse drama se apresentará algum dia no palco da nossa política. Mal já estamos… mas tanto!
Por falta de comunicação daqueles que têm tido o dever de falar verdade aos contribuintes, dourando a pílula nas alturas de mais negras cenas e escondendo a realidade para não serem acusados de maus gestores, sempre se assistiu no nosso País, como nos conta a História, a um disfarce, especialmente também para os que gozando de privilégios que os distingue da maioria, não terem de dar o exemplo, ou seja reduzir as mordomias que lhes são concedidas. Em tempos antigos eram os que pertenciam à nobreza, agora estão situados nas áreas sob protecção do sector político e, como lhes chamam alguns, do capital.
Seja como for, o que se passa é que a consciência generalizada de que Portugal se encontra numa situação de extrema pobreza e em que, com excepção dos tais “abençoados”, o Estado também sofre de falta de meios para fazer frente aos seus compromissos, essa realidade ainda não chegou com absoluta clareza à cabeça da maioria dos cidadãos que fazem parte da população nacional.
É por isso que se assiste com enorme frequência aos pedidos de ajuda que são apresentados sempre que uma qualquer amargura surge, como foi agora o caso do tornado que ocorreu na zona de Santarém, Tomar e arredores, em que os prejuízos atingem os 15 milhões de euros, sendo os atingidos, na sua maioria, particulares que viram as suas casas e alguns estabelecimentos em condições de destruição. Porém, muito embora o ministro da pasta respectiva, como sucede com frequência, tenha feito a promessa de que as instituições oficiais acudirão aos prejudicados – coisa que, como foi descrito numa emissão televisiva, ainda não sucedeu em relação a um caso ocorrido em 2008 -, as esperanças são muito escassas por parte dos que necessitam de ajuda. E esse é o mal que tem de ser apontado aos que se situam nos lugares de governação, de que não são capazes de falar a verdade e de dizer claramente que os dinheiros públicos não se encontram em condições de atender às necessidades mínimas, ao ponto de, como se divulgou nesta altura, há pelo menos dois tribunais do nosso País em que os telefones foram cortados por falta de pagamento das facturas respectivas. Em Torres Vedras e em Loures sucedeu isso mesmo.
Sendo assim, não seria muito mais honesto, por parte dos que têm cargos de governação, declarar abertamente que os cidadãos portugueses devem encarar de frente a realidade de que o Estado se encontra numa situação de enorme carência de meios? E isso porque também – entre tantas outras coisas de que nem existe ainda divulgação pública – a verba que é destinada à promoção externa do turismo nacional, por meio do AICEP, que é o organismo que dispõe desse encargo de enorme importância, tem ainda por assinar o protocolo que financia a rede de delegados que têm a seu cargo tal missão no exterior, e em que, por sinal o montante previsto para 2011 e inscrito no O.E. é de 15 milhões de euros, a mesma verba que é requerida pelos atingidos pelo tornado atrás descrito.
Não será necessário pôr mais na carta. E se bem que o 13.º mês referente ao subsídio deste Natal ainda tenha sido pago neste ano de 2010, o que todos os reformados imploram é que se consigam estruturar as finanças do Estado de modo a que não se atinja a situação gravíssima de ocorrer um fechar dessa porta. Mas como o Governo negociou a passagem do encargo desse sector, da PT, por exemplo, beneficiando da entrada das verbas acumuladas para esse efeito, o que seria quase impossível de admitir é que os novos governantes que aí poderão vir se defrontem com o problema de que acusem depois os anteriores, salvando-se da responsabilidade do acto.
Nem tenho coragem para pensar que esse drama se apresentará algum dia no palco da nossa política. Mal já estamos… mas tanto!
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