A FADIGA física é algo que atormenta o corpo. Mas a fadiga moral, essa canseira em local que não se vislumbra concretamente onde se situa, não será uma dor palpável, que passe com compressas, massagens e unguentos. Existe, mas não se encontra fixa em local concreto, é também uma ânsia de qualquer coisa que não pode ser indicada ao curador. É uma respiração descompassada que não tem que ver com arritmia, é um suspiro profundo que sai tão de dentro que não se entende onde nasce..
Estar saturado de alguma coisa concreta ou de nem se saber bem de quê, cansar-se de ouvir os outros, sem razão específica, como também em relação a alguém de concreto que, antes não fatigava, cansar-se a pensar sem conseguir tirar conclusões, andar desinteressado dos problemas, especialmente dos que surgem de novo, ouvir as opiniões de outrem e não ter argumentos para contrapor, dar sempre a ideia de que estamos de acordo com tudo que dizem, essa fadiga provocada por se ter de cumprir obrigações, horários, compromissos, acaba por traduzir-se em tédio. E pode ser um início da perda de vontade de estar vivo.
Penso que, sem dar uma definição tão específica, não será assim muito raro que os seres humanos não passem, por vezes, por situações que se pareçam com as que acabo de descrever. E quanto mais se fecham em si os que sentem agruras semelhantes, quanto mais difícil se torna comunicar, mais isolado se ficará.
Sendo múltiplas as razões que conduzirão as pessoas em tais condições a fecharem-se e a não conviverem, mais difícil ainda é fazerem entender os demais do problema que os atinge e menos também se os motivos são resultantes da ineficácia em atingir parâmetros da tabela das capacidades com que sonham e sempre sonharam.
Por isso, ao não transmitir para fora que saturação é essa e que fadiga moral se, acarreta, fica-se com o apodo de mal -humorado, de zangado com o mundo, de ser de difícil convívio. E se se tiver o atrevimento de abrir o coração e querer explicar o que vai dentro de tão aflitivo, a posição alheia é de espanto, de incompreensão, até talvez de um certo ar irónico. E um voltar de costas. E se, depois de produzir alguma coisa que poderá parecer que tem pernas para andar, na escrita ou na pintura, ao rever o que está feito, desaponta, desgosta, não serve de consolo pelo trabalho tido, a tortura espiritual que pode aflorar deixa qualquer um prostrado e só escondendo a obra é que será possível fugir às críticas severas. E recomeçar tudo de novo.
Sem vergonha, há que insistir. É forçoso vencer a fadiga e tentar passar a fasquia mais uma vez. Ir até ao fim, até ao último dia do tempo que falta. Quem pode antecipar os resultados?
Estar saturado de alguma coisa concreta ou de nem se saber bem de quê, cansar-se de ouvir os outros, sem razão específica, como também em relação a alguém de concreto que, antes não fatigava, cansar-se a pensar sem conseguir tirar conclusões, andar desinteressado dos problemas, especialmente dos que surgem de novo, ouvir as opiniões de outrem e não ter argumentos para contrapor, dar sempre a ideia de que estamos de acordo com tudo que dizem, essa fadiga provocada por se ter de cumprir obrigações, horários, compromissos, acaba por traduzir-se em tédio. E pode ser um início da perda de vontade de estar vivo.
Penso que, sem dar uma definição tão específica, não será assim muito raro que os seres humanos não passem, por vezes, por situações que se pareçam com as que acabo de descrever. E quanto mais se fecham em si os que sentem agruras semelhantes, quanto mais difícil se torna comunicar, mais isolado se ficará.
Sendo múltiplas as razões que conduzirão as pessoas em tais condições a fecharem-se e a não conviverem, mais difícil ainda é fazerem entender os demais do problema que os atinge e menos também se os motivos são resultantes da ineficácia em atingir parâmetros da tabela das capacidades com que sonham e sempre sonharam.
Por isso, ao não transmitir para fora que saturação é essa e que fadiga moral se, acarreta, fica-se com o apodo de mal -humorado, de zangado com o mundo, de ser de difícil convívio. E se se tiver o atrevimento de abrir o coração e querer explicar o que vai dentro de tão aflitivo, a posição alheia é de espanto, de incompreensão, até talvez de um certo ar irónico. E um voltar de costas. E se, depois de produzir alguma coisa que poderá parecer que tem pernas para andar, na escrita ou na pintura, ao rever o que está feito, desaponta, desgosta, não serve de consolo pelo trabalho tido, a tortura espiritual que pode aflorar deixa qualquer um prostrado e só escondendo a obra é que será possível fugir às críticas severas. E recomeçar tudo de novo.
Sem vergonha, há que insistir. É forçoso vencer a fadiga e tentar passar a fasquia mais uma vez. Ir até ao fim, até ao último dia do tempo que falta. Quem pode antecipar os resultados?
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