
Os números falam por si. É preciso conhecê-los e depois reflectir sobre eles.
É sabido que, durante a Primeira Guerra Mundial, só cinco por cento das vítimas foram constituídas por civis. Tratou-se de um conflito que ocorreu utilizando trincheiras e aí muitos soldados portugueses sofreram as consequências. Já na Segunda Guerra Mundial, travada noutras circunstâncias, com o recurso a bombardeamentos, a mortandade atingiu a percentagem de 60 por cento das populações.
Pergunta-se agora se uma Terceira Guerra Mundial, no caso de ocorrer, iria atingir os cidadãos que não estivessem directamente envolvidos na quezília e de que maneira. Ao ter-se em vista um confronto do tipo nuclear, o que não pode estar completamente fora de causa, tendo em vista a posse dessa arma por países que têm à sua frente fulanos em que não pode ser depositada a menor confiança no capítulo de serem considerados pacifistas, logo após ter sido expedida a primeira dessas bombas, ninguém está em condições de prever as consequências das respostas que ocorressem por parte dos adversários, também eles sendo possuidores do mesmo armamento atómico, que o mundo esteja bem livre de um panorama deste tipo, e que não se façam contas quanto às vítimas civis que sofreriam as consequências de tamanha carnificina.
Mas, será necessário um conflito armado, com esta ou outras características, para prever que os habitantes terrestres, todos eles desligados da actuação militar, venham a sofrer na pele os efeitos devastadores de uma disputa de adversários inconscientes? A resposta pode ser observada nos dias de hoje.
A crise económica, financeira e, acima de tudo, social que corre o mundo de lés a lés, sem ter sido disparado um tiro, sem que um único político enlouquecido pusesse um dedo num botão devastador, mesmo assim os efeitos maléficos em milhões de habitantes de países distintos têm-se sentido, e a fome, a miséria, as carências de todas as espécies instalaram-se em muitos países onde não seria de prever que tal calamidade lá chegasse.
É verdade que, em determinadas zonas, no médio Oriente, por exemplo, mas também em áreas mais distantes de que não vale a pena enumerar nesta altura, os homens tiveram a tentação de dar mostras da sua capacidade militar e ultrapassaram os meios em que seria preferível fazer o esforço de um útil entendimento. Mas o bom senso chegou a tempo e foram evitados passos mais perigosos. Vamos a ver durante quanto tempo.
Agora, face à situação que se vive nesta altura e que já dura há tempo excessivo, não sendo previsível o momento em que se voltará a poder gozar de uma situação normal de economia calma, pode-se concluir que o Homem já nem precisa de fazer sair das suas catacumbas os canhões das armas atómicas. Basta-lhe querer ganhar muito dinheiro em pouco tempo e, utilizando meios verdadeiramente catastróficos, para pôr o mundo a pedir esmola… e a tremer de medo pelo aumento de criminalidade que logo surge com os múltiplos assaltos à mão armada que ocorrem agora por esse mundo fora.
É caso para dizer que as guerras diabólicas destroem muito e matam de repente muita gente, mas, ao fim e ao cabo, sempre provocam trabalho depois, para reconstruir, e não causam a horrorosa onda do desemprego.
Será razão para perguntar se, mal por mal, sempre é preferível esta invasão da miséria do que o troar dos canhões atómicos. Haja quem responda.
Deixo a questão no ar, mas a resposta só poderá ser dada daqui a certo tempo, quando o Homem comum se sentir impotente para sair do abismo para que for empurrado.
É sabido que, durante a Primeira Guerra Mundial, só cinco por cento das vítimas foram constituídas por civis. Tratou-se de um conflito que ocorreu utilizando trincheiras e aí muitos soldados portugueses sofreram as consequências. Já na Segunda Guerra Mundial, travada noutras circunstâncias, com o recurso a bombardeamentos, a mortandade atingiu a percentagem de 60 por cento das populações.
Pergunta-se agora se uma Terceira Guerra Mundial, no caso de ocorrer, iria atingir os cidadãos que não estivessem directamente envolvidos na quezília e de que maneira. Ao ter-se em vista um confronto do tipo nuclear, o que não pode estar completamente fora de causa, tendo em vista a posse dessa arma por países que têm à sua frente fulanos em que não pode ser depositada a menor confiança no capítulo de serem considerados pacifistas, logo após ter sido expedida a primeira dessas bombas, ninguém está em condições de prever as consequências das respostas que ocorressem por parte dos adversários, também eles sendo possuidores do mesmo armamento atómico, que o mundo esteja bem livre de um panorama deste tipo, e que não se façam contas quanto às vítimas civis que sofreriam as consequências de tamanha carnificina.
Mas, será necessário um conflito armado, com esta ou outras características, para prever que os habitantes terrestres, todos eles desligados da actuação militar, venham a sofrer na pele os efeitos devastadores de uma disputa de adversários inconscientes? A resposta pode ser observada nos dias de hoje.
A crise económica, financeira e, acima de tudo, social que corre o mundo de lés a lés, sem ter sido disparado um tiro, sem que um único político enlouquecido pusesse um dedo num botão devastador, mesmo assim os efeitos maléficos em milhões de habitantes de países distintos têm-se sentido, e a fome, a miséria, as carências de todas as espécies instalaram-se em muitos países onde não seria de prever que tal calamidade lá chegasse.
É verdade que, em determinadas zonas, no médio Oriente, por exemplo, mas também em áreas mais distantes de que não vale a pena enumerar nesta altura, os homens tiveram a tentação de dar mostras da sua capacidade militar e ultrapassaram os meios em que seria preferível fazer o esforço de um útil entendimento. Mas o bom senso chegou a tempo e foram evitados passos mais perigosos. Vamos a ver durante quanto tempo.
Agora, face à situação que se vive nesta altura e que já dura há tempo excessivo, não sendo previsível o momento em que se voltará a poder gozar de uma situação normal de economia calma, pode-se concluir que o Homem já nem precisa de fazer sair das suas catacumbas os canhões das armas atómicas. Basta-lhe querer ganhar muito dinheiro em pouco tempo e, utilizando meios verdadeiramente catastróficos, para pôr o mundo a pedir esmola… e a tremer de medo pelo aumento de criminalidade que logo surge com os múltiplos assaltos à mão armada que ocorrem agora por esse mundo fora.
É caso para dizer que as guerras diabólicas destroem muito e matam de repente muita gente, mas, ao fim e ao cabo, sempre provocam trabalho depois, para reconstruir, e não causam a horrorosa onda do desemprego.
Será razão para perguntar se, mal por mal, sempre é preferível esta invasão da miséria do que o troar dos canhões atómicos. Haja quem responda.
Deixo a questão no ar, mas a resposta só poderá ser dada daqui a certo tempo, quando o Homem comum se sentir impotente para sair do abismo para que for empurrado.
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