sexta-feira, 6 de março de 2009

Diz o António Barreto, numa entrevista publicada na revista “Ler” deste mês, que as editoras portuguesas estão a publicar em quantidade, como nunca sucedeu antes. Mas acrescenta que a maior parte dos livros vendidos não são para ler, mas sim para pôr na estante.
Também, por parte dos editores – digo eu - nota-se uma falta de cuidados de lançamento dos livros novos, pois, sobretudo nos dias de hoje, é fundamental que o público seja induzido a comprar e, depois a ler. Acontece isso com todos os produtos, e com os livros não poderia e não pode ser diferente.
Lançar livros novos não é o mesmo que fazer aparecer no mercado um qualquer produto que não tenha intenções de aumentar a cultura dos compradores. Mesmo um mau livro, só pelo facto de obrigar quem os adquire a ter a curiosidade de saber o que está escrito, constitui a oferta de uma possibilidade de pôr o cérebro em funcionamento. E de criar um hábito.

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