
Esta situação agora revelada de o Governo ter nacionalizado o BPN, ao mesmo tempo que prepara a entrada noutros bancos, se deixou perplexa a grande maioria da população, pelo contrário, a uns tantos que se intitulam bem informados, deu oportunidade de afirmarem que era coisa que já era esperada há certo tempo, apesar dos valorosos e estranhos activos que foram localizados nos cofres do banco, como moedas valiosas, quadros de Miró e outros bens comercializáveis, para além de uma pouco fiável organização bancária em Cabo Verde. Tudo isso e o que for inventariado no decorrer na posse do Estado que, não obstante, parece não chegar para suportar os prejuios.
Seja como for, segundo parece o BPN constitui, por agora, um mistério que é preciso esclarecer. É forçoso, pois, esperar pela informação oficial, se é que ela vier a ser divulgada com todos os pormenores. Nem se admite que não seja. No que se refere à entrada do Governo noutros bancos, vamos a ver a que conclusões o Banco de Portugal chega, que, neste caso, não terá tido o cuidado de actuar de harmonia como estas coisas merecem. E, para lá de todo o enredo, o que não será admissível admitir é que não se encontrem os culpados do estado a que chegou o BPN. A haver culpas, ninguém pode ficar na sombra. Se se tratou de má gestão, quem foi o autor ou os que, em grupo, provocaram a situação a que se chegou, o ou os têm de ser tornados públicos. Para que não se mantenha o costume deste País de morrer sempre solteira a má actuação dos que não se portam bem.
Mas, já que me estou a referir ao Estado, não deixo passar a questão, bem antiga, de ser tal figura um devedor permanente, sendo considerado um mau pagador que, por não ter cara, nem deixar ver que face mostra quando leva meses e anos a liquidar as suas dívidas, se mantém impassível e orgulhoso. Neste momento, que se resolveu apurar, sem grande rigidez, o montante que as forças públicas têm para pagar aos mesmos a quem exige que sejam pontuais nas suas liquidações a ele próprio, fala-se de muitos milhões, isto sem entrar em linha de conta com as dívidas das autarquias e das empresas públicas, sofrendo com isso os pobres dos industriais e dos comerciantes que, sendo fornecedores de trabalho, serviços e mercadorias, pagam devidamente os IVAs, as contribuições, cumprem com os seus fornecedores e, sentados aguardam que o tal fulano que não presta contas a tempo resolva “fazer o favor” de pôr a pagamento facturas penduradas.
A informação pública divulgada agora é de que o Estado vai pagar, em três meses, 1.200 milhões de dívidas em atraso. Cá estamos para ver.
Mas o problema, no caso deste ser cumprido, pois que nunca se sabe se os governantes têm palavra, é a definição se, a partir desta altura, se estipula que o Estado fique com a obrigação de pagar o que deve dentro de um espaço de tempo rigidamente definido, 3 meses, por exemplo. Por que se não suceder isso, volta-se de novo à mesma e o próximo Executivo terá de repetir o gesto de boa vontade que até pode servir para ficar bem visto em próximo período eleitoral.
Andamos sempre a deitar a mão a situações que, se o bom senso fizesse parte de todos os governantes que este País vê passarem pelos cadeirões do poder, não seria necessário actuar no derradeiro momento. O que está a ocorrer no Bairro Alto, com a obrigatoriedade dos bares e tabernas encerrarem as suas portas às 2 da manhã, para acabar de vez com a algazarra que ali se verifica, de bêbados, drogados, malfeitores, zaragateiros e todos os que adoram as confusões, e que dura até de manhã não deixando pregar olho os sofredores dos residentes, é uma situação de emergência, quando esta medida devia ter existido desde o primeiro dia. Mas, enfim. A nossa rapaziada merece distrair-se e, para quem não trabalha (que horror, tal humilhação!), não é justo mandar os pequenos para a cama a horas convenientes, em vez de se drogarem por aí e de circularem de garrafa de cerveja a beber pelo gargalo.
Seja como for, segundo parece o BPN constitui, por agora, um mistério que é preciso esclarecer. É forçoso, pois, esperar pela informação oficial, se é que ela vier a ser divulgada com todos os pormenores. Nem se admite que não seja. No que se refere à entrada do Governo noutros bancos, vamos a ver a que conclusões o Banco de Portugal chega, que, neste caso, não terá tido o cuidado de actuar de harmonia como estas coisas merecem. E, para lá de todo o enredo, o que não será admissível admitir é que não se encontrem os culpados do estado a que chegou o BPN. A haver culpas, ninguém pode ficar na sombra. Se se tratou de má gestão, quem foi o autor ou os que, em grupo, provocaram a situação a que se chegou, o ou os têm de ser tornados públicos. Para que não se mantenha o costume deste País de morrer sempre solteira a má actuação dos que não se portam bem.
Mas, já que me estou a referir ao Estado, não deixo passar a questão, bem antiga, de ser tal figura um devedor permanente, sendo considerado um mau pagador que, por não ter cara, nem deixar ver que face mostra quando leva meses e anos a liquidar as suas dívidas, se mantém impassível e orgulhoso. Neste momento, que se resolveu apurar, sem grande rigidez, o montante que as forças públicas têm para pagar aos mesmos a quem exige que sejam pontuais nas suas liquidações a ele próprio, fala-se de muitos milhões, isto sem entrar em linha de conta com as dívidas das autarquias e das empresas públicas, sofrendo com isso os pobres dos industriais e dos comerciantes que, sendo fornecedores de trabalho, serviços e mercadorias, pagam devidamente os IVAs, as contribuições, cumprem com os seus fornecedores e, sentados aguardam que o tal fulano que não presta contas a tempo resolva “fazer o favor” de pôr a pagamento facturas penduradas.
A informação pública divulgada agora é de que o Estado vai pagar, em três meses, 1.200 milhões de dívidas em atraso. Cá estamos para ver.
Mas o problema, no caso deste ser cumprido, pois que nunca se sabe se os governantes têm palavra, é a definição se, a partir desta altura, se estipula que o Estado fique com a obrigação de pagar o que deve dentro de um espaço de tempo rigidamente definido, 3 meses, por exemplo. Por que se não suceder isso, volta-se de novo à mesma e o próximo Executivo terá de repetir o gesto de boa vontade que até pode servir para ficar bem visto em próximo período eleitoral.
Andamos sempre a deitar a mão a situações que, se o bom senso fizesse parte de todos os governantes que este País vê passarem pelos cadeirões do poder, não seria necessário actuar no derradeiro momento. O que está a ocorrer no Bairro Alto, com a obrigatoriedade dos bares e tabernas encerrarem as suas portas às 2 da manhã, para acabar de vez com a algazarra que ali se verifica, de bêbados, drogados, malfeitores, zaragateiros e todos os que adoram as confusões, e que dura até de manhã não deixando pregar olho os sofredores dos residentes, é uma situação de emergência, quando esta medida devia ter existido desde o primeiro dia. Mas, enfim. A nossa rapaziada merece distrair-se e, para quem não trabalha (que horror, tal humilhação!), não é justo mandar os pequenos para a cama a horas convenientes, em vez de se drogarem por aí e de circularem de garrafa de cerveja a beber pelo gargalo.
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