Para mim, a escrita constitui uma obrigação, mesmo que ela não passe do papel preenchido, sem outro destino que não seja ficar a aguardar melhores dias, mesmo assim, se deixei na véspera uns textos por acabar, por que a imaginação secou em determinada altura, considero isso um dever que ficou por cumprir e a que tenho de dar seguimento.
Escrever isto é quase como fazer uma confissão.
Escrever isto é quase como fazer uma confissão.
É abrir-me para o papel, sem saber se, algum dia, este desabafo chega ao conhecimento de alguém.
Se tal acontecer quando eu já não fizer parte do número dos vivos, pois que comentem como quiserem os críticos das obras feitas.
Mas se a leitura dos meus textos cair nas mãos de alguém que ainda possa cruzar-se comigo na vida, já é mais complicado aceitar-se o olhar desagradado dos outros.
Já estou por tudo.
Já estou por tudo.
Até para admitir que o caminho destes textos que vou acumulando ser o da camioneta do lixo que, por vezes, vejo, da minha janela, passar na rua onde moro.
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