
Sentado nesta cadeira
numas termas, num café
é em plena Alta Beira
que vejo viver a fé
Quase tudo gente idosa
que não esconde suas dores
tem o seu quê de chorosa
mas sem bons nem maus agouros
Pessoas de índole boa
só talvez gritem demais
seu falar não atraiçoa
pois são plenos vendavais
Essas palavras cantadas
pelas mulheres, sobretudo
são todas bem silabadas
mesmo que sem conteúdo
No final de cada frase
Põem aí o acento
é essa afinal a base
de um certo encantamento
Aqui estou nesta cadeira
a ouvir falar quem passa
gozando os prazeres da Beira
desta gente amigalhaça
Numa altura das vindimas
a poesia melhora
saltam da pena as rimas
e a inspiração aflora
Falai, falai oh Beirões
o vosso falar tem graça
todos vós sois campeões
pois não choram a desgraça
Aqui o tempo ficou-se
deixou progresso passar
vive-se como se fosse
uma ilha em pleno mar
Os filhos da terra voltam
em férias de emigração
suas alegrias soltam
e abre-se o coração
Rever as velhas casinhas
mostrar os carrinhos novos
gozar as boas pinguinhas
bailar modinhas nos povos
Tudo isto é Beira Alta
a verdade é bela e pura
o que não há não faz falta
e as paisagens são pintura
Oh Beira Alta querida
com tanta casa fechada
é pena estares ferida
por muita gente emigrada
numas termas, num café
é em plena Alta Beira
que vejo viver a fé
Quase tudo gente idosa
que não esconde suas dores
tem o seu quê de chorosa
mas sem bons nem maus agouros
Pessoas de índole boa
só talvez gritem demais
seu falar não atraiçoa
pois são plenos vendavais
Essas palavras cantadas
pelas mulheres, sobretudo
são todas bem silabadas
mesmo que sem conteúdo
No final de cada frase
Põem aí o acento
é essa afinal a base
de um certo encantamento
Aqui estou nesta cadeira
a ouvir falar quem passa
gozando os prazeres da Beira
desta gente amigalhaça
Numa altura das vindimas
a poesia melhora
saltam da pena as rimas
e a inspiração aflora
Falai, falai oh Beirões
o vosso falar tem graça
todos vós sois campeões
pois não choram a desgraça
Aqui o tempo ficou-se
deixou progresso passar
vive-se como se fosse
uma ilha em pleno mar
Os filhos da terra voltam
em férias de emigração
suas alegrias soltam
e abre-se o coração
Rever as velhas casinhas
mostrar os carrinhos novos
gozar as boas pinguinhas
bailar modinhas nos povos
Tudo isto é Beira Alta
a verdade é bela e pura
o que não há não faz falta
e as paisagens são pintura
Oh Beira Alta querida
com tanta casa fechada
é pena estares ferida
por muita gente emigrada
Sem comentários:
Enviar um comentário