sábado, 8 de novembro de 2008

PORTUGUESES BEM DISPOSTOS




Bem gostaria de poder preencher os meus blogues com temas que dessem conta de factos ocorridos em Portugal que nos fizessem transbordar de alegria, o que seria sinal que não seria necessário recorrer a assuntos que só sublinham os erros e as asneiradas que se praticam por cá a vários níveis, e em que as forças públicas estão permanentemente a ser chamadas à liça, porque, por mais que não queiramos, é dessa origem que saltam maiores razões para nos inquietarmos.
Hoje, sábado, poderia surgir alguma coisa que aliviasse os tormentos provocados por inúmeros factos que não nos deixam contentes por sermos naturais deste País. Fartos, como estamos, com situações penosas, como é a que está ainda sob a nossa atenção, a do B.P.N., bem andei à busca de uma notícia, uma só que fosse, que amenizasse o ambiente em que vivemos. Mas não! Só se inventasse uma história mirabolante, que fosse procurar numa ficção de autor bem disposto, mas eu não gosto, nos meus blogues, de fantasiar. Por isso lá vai o que tenho para dizer nesta altura:
Foi bem visível a manifestação dos professores em Lisboa, que reuniu, segundo dizem, cerca de cem mil almas a gritar pelas suas razões. E a marcação de uma greve dos “ensinadores” da nossa juventude surgiu como indicação do passo seguinte dessa classe, dado que não concordam com o modelo de avaliação dos professores.
Quem, como eu e como serão muitos que frequentaram velhas épocas escolares, tem presente que os alunos, com mais de 10 faltas num ano às classes respectivas, “chumbavam” sem apelo nem agravo e que os professores tinham de cumprir rigorosamente as suas obrigações – e uma delas era serem competentes -, exercendo verdadeira autoridade para poderem exigir dos estudantes o melhor que eles podiam dar de si, quem se encontrar nessas condições não pode deixar de sentir saudades como as que eu tenho de alguns dos seus mestres antigos, praticamente todos, como é óbvio já mortos, que deram mostras de saber o que estavam a fazer e, dentro do rigor que era habitual nessa época, deixaram atrás de si muita instrução dada. Aprendeu-se muito e longe de nós de lhes faltarmos ao respeito e de fingirmos que sabíamos!...
Eu não desejo pronunciar-me quanto à concordância ou não com as reivindicações dos professores de hoje, também não deposito grande confiança na Ministra que gere o sector, mas faz-me alguma confusão ver aqueles que deviam ser os que dão o exemplo, a marcar greves e a andar pelas ruas de braços no ar e aos gritos. Não pega!
Mas, já agora, só mais uma coisinha sem importância: a de as cartas de condução, ao terem de ser revalidadas, se esperar meses (eu aguardei 7) para receber a que substitui a que caducou. Nem pude conduzir em Espanha, porque ali o papelito de substituição não é aceite, sobretudo onde a revalidação se faz num quarto de hora nos serviços respectivos.
Como é que se consegue apresentar assuntos que nos animem a ser portugueses bem dispostos
?...

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