Quanto menos dinheiro temos, nós, o País, mais pensamos em gastos a longa distância, em empreendimentos que, só por terem de ser pagos lá para as Calendas, quando outros tiverem de enfrentar tais dificuldades, quanto mais enrascados estamos, parece que maior vontade sentimos de assinar compromissos, de aceitar gastos que, quando surgir a hora de os pagar… logo se verá!
E essa mania das grandezas, essa falta de sentido de responsabilidade, esse não importar com o que pode acontecer no futuro, não é coisa que se passe apenas com os maiorais da governação, seja qual for o escalão em que se encontrem, desde a presidência do Governo e o seu elenco de “yessmen” até aos sectores menos decisores. Todos não querem ficar atrás dos parceiros que, sempre que podem, mudam de carro oficial, fazem obras em casas de banho dos seus serviços, admitem assessores não completamente necessários para fazer mais um favor a um amigo ou correligionário do partido… pois nunca se sabe se amanhã não poderá suceder o contrário. Não é, pois, reafirmo, apenas nos sectores governativos que tal ocorre. Esse vício de gastar pegou-se à população nacional e, com todas as ofertas escandalosas que a zona bancária - e não só esta -numa competição desenfreada, utilizando todos os meios publicitários que arrancam das cabeças dos profissionais dos anúncios, transmitem ao cidadão comum a ânsia de se enredarem em compras, primeiro, para pagarem, se puderem, depois. Mais tarde… ou nunca! O pior é que, a pouco e pouco (e agora por culpa do maldito petróleo), os preços dos produtos e os encargos de dívida têm vindo a aumentar de forma insuportável...
Assim, encontramo-nos a viver num Portugal endividado E não se sabe como e quando sairemos deste vale de gente que não tem tempo para mais nada do que andar a fazer contas para ver a quem paga este mês e a quem fica a dever no outro… E as centenas de milhar de automóveis em segunda mão, para venda, que enchem as ruas do País (sem ninguém a controlar), é uma prova de que o que é preciso é adquirir, porque pagar as prestações em dívida é que já está fora do nosso hábito. Agora, porque antes não era assim!
A presidente eleita do PSD, salvaguardadas as dúvidas que temos de manter sobre a sua forma anterior de governar, porque temos presente que a sua época de ministra das Finanças não lhe deixou passada uma certidão de boa actuação, mesmo assim , na situação em que nos encontramos sem grande margem de escolha, talvez tenha feito renascer alguma esperança aos mais optimistas. Pequena, bem pequena, de facto., mas já é alguma coisa. E, como com os erros também se aprende, pode ser que, desta vez, se conseguir convencer os portugueses que é agora outra Manuela Ferreira Leite, diferente da que existiu antes, caso ganhe as eleições no próximo ano surja com uma política de “não esbanjadora”, ou seja a antítese da que se pratica hoje. Pode ser!
O que não se pode garantir agora é que ainda se vá a tempo de evitar as arábicas demonstrações de riqueza que “embriagam” os governantes de hoje, com mais vias de comunicação ultramodernas, com os tais caminhos de ferro a competir em velocidade com o som, os malfadados porta-aviões, os submarinos que alguns desejam, com o tão falado aeroporto sem atender ao que o da Portela ainda pode servir durante alguns anos, desde que se utilizem os terrenos em redor, assim como tantas manifestações de novo-riquismo que só serve para deixar os governantes, que tiverem a pouca sorte de ocupar lugares nos governos que aí hão-de chegar (também, ninguém os obriga) , atados de pés e mãos sem poderem atender aos gastos correntes do seu período, pois que têm de liquidar os montões de dívidas que os antecessores deixaram. E, de novo, se repetirão as acusações a que estamos habituados, daqueles que estão contra os que estiveram!
Aqui fica o aviso. E como eu não sei o que me estará a acontecer lá para os anos 2018 e seguintes, cá por mim, se me couber esse papel, fecho a porta e apago a luz… se é que não será apenas soprar as velas, posto que até, quanto a combustíveis, até isso pode vir a ser um mistério que ninguém hoje está em condições de decifrar. Ainda existirão?
O que não se pode garantir agora é que ainda se vá a tempo de evitar as arábicas demonstrações de riqueza que “embriagam” os governantes de hoje, com mais vias de comunicação ultramodernas, com os tais caminhos de ferro a competir em velocidade com o som, os malfadados porta-aviões, os submarinos que alguns desejam, com o tão falado aeroporto sem atender ao que o da Portela ainda pode servir durante alguns anos, desde que se utilizem os terrenos em redor, assim como tantas manifestações de novo-riquismo que só serve para deixar os governantes, que tiverem a pouca sorte de ocupar lugares nos governos que aí hão-de chegar (também, ninguém os obriga) , atados de pés e mãos sem poderem atender aos gastos correntes do seu período, pois que têm de liquidar os montões de dívidas que os antecessores deixaram. E, de novo, se repetirão as acusações a que estamos habituados, daqueles que estão contra os que estiveram!
Aqui fica o aviso. E como eu não sei o que me estará a acontecer lá para os anos 2018 e seguintes, cá por mim, se me couber esse papel, fecho a porta e apago a luz… se é que não será apenas soprar as velas, posto que até, quanto a combustíveis, até isso pode vir a ser um mistério que ninguém hoje está em condições de decifrar. Ainda existirão?
Parece uma gracinha de mau gosto, pois parece. Daqui a dez anos, quem for vivo e ainda se mantenha português... que esclareça!
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