O assunto é tão melindroso que justifica que se vá debatendo o tema, com acréscimos de explicações e de argumentos que, naturalmente, poderão fazer aumentar adesões à problemática ou, pelo contrário, cavar ainda mais abismos de distanciamento por aqueles que não admitem, sejam quais forem as circunstâncias em que nos encontremos em Portugal, que este isolamento em que a História nos colocou seja alterado.
Volto, por isso, ao assunto da criação do Iberismo, ou seja, repito, a junção de várias áreas dos dois Países, para podermos ganhar força, posição, interferência nas questões em que, no que se refere a qualquer dos dois Países, temos alguma coisa a dizer e a fazer, em lugar de ficarmos penosamente a aguardar que os outros decidam por nós. Isto no que respeita à Comunidade Europeia, evidentemente, mas não só aí.
Esta minha nova intervenção no referido capítulo do Iberismo, pretende apenas esclarecer os mais interessados no problema de que não basta levantar o problema e já está. Trata-se, sem a menor das dúvidas, de algo que requer o conhecimento e a aprovação da população, isto do nosso lado, como o Parlamento tem que mostrar interesse em debater a situação. E, antes da Assembleia, terão de ser os partidos políticos a mostrar os seus pontos de vista (obviamente sempre discordantes entre si, como é hábito), como o Governo que estiver em acção não poderá passar de lado, começando até por aí o debater do problemas, mostrando, com clareza, os benefícios e os contra que sempre existem em tudo que são novidades. E, sem dúvida, o Chefe do Estado, terá a sua palavra importante a dizer, dentro dos parâmetros que a Constituição impõe, também esta tendo de ser consultada e, provavelmente, alterada em alguns dos seus itens.
Numa palavra: trata-se de um passo que levará muito tempo a ser dado e que será objecto das maiores acusações de falta de patriotismo, como, do lado contrário, se empenharão os seus defensores, de salientar as suas vantagens.
Daí que, bem vistas as coisas, se alguma vez a questão vier a ser posta, bem poderão esperar os cidadãos por uma decisão, seja ela qual for. Será por isso, dirão alguns, que o autor destas linhas não mostra o menor pavor em assistir a uma luta que, a suceder, envolverá muitas facções e dará mostras bem claras do que representam os confrontos entre ideologias diferentes. É que não vai ser um, neste caso, simples diferendo. E bem escuso pôr mais na carta.
É evidente que, na altura, terá enorme influência nas posições que foram tomadas, sobretudo pela população - num diferendo que não faltará -, o estado em que se encontre a Nação, o nível de vida que se estiver a sentir na pele, a dimensão do desemprego que ocorrerá junto da população, as condições como estiverem a funcionar os serviços de saúde, a continuação da morosidade do sector público, o que já vem detrás, e uma infinidade de erros e defeitos que estão enquistados em múltiplos sectores da existência nacional e que, mudando de governo para governo, cá vão ficando porque o defeito parece ser de fabrico, isto é, a culpa pertence a nós todos, portugueses, que não somos grande apreciadores de mudanças e quando elas se dão, não as sabemos aproveitar.
E, já agora, apenas um exemplo da nossa resistência às melhorias. E, claro está, a comparação é feita com o que se passa em Espanha e com o que ocorre entre nós: renovar a cartão de condução, no nosso País, isto é, entregar nos Serviços respectivos a que caducou e aguardar pela que a substitui, tarda entre 3 e 7 meses. Já me sucedeu! Pois a mesma operação no País vizinho é feita em… 3 horas. E inclui novas fotografias e tudo!
Pergunto agora eu: mas por que raio não copiamos? Se não sabemos como é, vamos lá e aprendemos! É assim tão humilhante? E não haverá ninguém por cá, alguém que tenha vergonha na cara, seja ministro ou simples funcionário de carteira, que tome a decisão de acabar com tamanha ausência de brio profissional?
Mas isto saiu-me agora. Se querem mais exemplos tristes, milhares deles, basta que atentem no nosso dia-a-dia e logo encontrarão motivo para ficarmos corados de vergonha.
Eu, por mim, não vou mais longe! Já chega!...
Volto, por isso, ao assunto da criação do Iberismo, ou seja, repito, a junção de várias áreas dos dois Países, para podermos ganhar força, posição, interferência nas questões em que, no que se refere a qualquer dos dois Países, temos alguma coisa a dizer e a fazer, em lugar de ficarmos penosamente a aguardar que os outros decidam por nós. Isto no que respeita à Comunidade Europeia, evidentemente, mas não só aí.
Esta minha nova intervenção no referido capítulo do Iberismo, pretende apenas esclarecer os mais interessados no problema de que não basta levantar o problema e já está. Trata-se, sem a menor das dúvidas, de algo que requer o conhecimento e a aprovação da população, isto do nosso lado, como o Parlamento tem que mostrar interesse em debater a situação. E, antes da Assembleia, terão de ser os partidos políticos a mostrar os seus pontos de vista (obviamente sempre discordantes entre si, como é hábito), como o Governo que estiver em acção não poderá passar de lado, começando até por aí o debater do problemas, mostrando, com clareza, os benefícios e os contra que sempre existem em tudo que são novidades. E, sem dúvida, o Chefe do Estado, terá a sua palavra importante a dizer, dentro dos parâmetros que a Constituição impõe, também esta tendo de ser consultada e, provavelmente, alterada em alguns dos seus itens.
Numa palavra: trata-se de um passo que levará muito tempo a ser dado e que será objecto das maiores acusações de falta de patriotismo, como, do lado contrário, se empenharão os seus defensores, de salientar as suas vantagens.
Daí que, bem vistas as coisas, se alguma vez a questão vier a ser posta, bem poderão esperar os cidadãos por uma decisão, seja ela qual for. Será por isso, dirão alguns, que o autor destas linhas não mostra o menor pavor em assistir a uma luta que, a suceder, envolverá muitas facções e dará mostras bem claras do que representam os confrontos entre ideologias diferentes. É que não vai ser um, neste caso, simples diferendo. E bem escuso pôr mais na carta.
É evidente que, na altura, terá enorme influência nas posições que foram tomadas, sobretudo pela população - num diferendo que não faltará -, o estado em que se encontre a Nação, o nível de vida que se estiver a sentir na pele, a dimensão do desemprego que ocorrerá junto da população, as condições como estiverem a funcionar os serviços de saúde, a continuação da morosidade do sector público, o que já vem detrás, e uma infinidade de erros e defeitos que estão enquistados em múltiplos sectores da existência nacional e que, mudando de governo para governo, cá vão ficando porque o defeito parece ser de fabrico, isto é, a culpa pertence a nós todos, portugueses, que não somos grande apreciadores de mudanças e quando elas se dão, não as sabemos aproveitar.
E, já agora, apenas um exemplo da nossa resistência às melhorias. E, claro está, a comparação é feita com o que se passa em Espanha e com o que ocorre entre nós: renovar a cartão de condução, no nosso País, isto é, entregar nos Serviços respectivos a que caducou e aguardar pela que a substitui, tarda entre 3 e 7 meses. Já me sucedeu! Pois a mesma operação no País vizinho é feita em… 3 horas. E inclui novas fotografias e tudo!
Pergunto agora eu: mas por que raio não copiamos? Se não sabemos como é, vamos lá e aprendemos! É assim tão humilhante? E não haverá ninguém por cá, alguém que tenha vergonha na cara, seja ministro ou simples funcionário de carteira, que tome a decisão de acabar com tamanha ausência de brio profissional?
Mas isto saiu-me agora. Se querem mais exemplos tristes, milhares deles, basta que atentem no nosso dia-a-dia e logo encontrarão motivo para ficarmos corados de vergonha.
Eu, por mim, não vou mais longe! Já chega!...
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