rindo p’ra uns, gozando com outros
sorrateira ou correndo aos saltos
Não é a mesma para toda a gente
muda de face em cada momento
torna difícil caminhar em frente
Mas como os mortais, tem seus preferidos
há os que escolhe p’ra bem servir
e os que mantém sempre desvalidos
É cínica e traiçoeira a magana
ataca muitas vezes pelas costas
à bruta ou com ares de filigrana
Mas eis que de repente se arrepende
e no meio de enorme confusão
a uma prece avulsa lá atende
E tudo muda como por feitiço
de um grande azar algo se compõe
e dá também aos males um sumiço
A vida deixa assim seu conteúdo
tem de se atravessar com paciência
já que o tempo é borracha p’ra tudo
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