NÃO É QUE ISSO CONSTITUA uma notícia inesperada, mas não podia passar sem eu fazer referência a uma sondagem que foi feita por uma entidade dedicada a este tipo de averiguações e em que se apurou que se as eleições legislativas se realizassem nesta altura, a soma dos votos do PSD e do CDS atingiriam uma maioria para governar, com o PS a descer nas intenções, ao ponto de não ultrapassarem os 27,2 por cento, ou seja representando uma baixa nas preferências dos portugueses e em que José Sócrates, isolado e em comparação com Pedro Passos Coelho se ficaria nos 31,6% contra 38,6 do concorrente social-democrata. Não é assim uma enorme diferença, mas sempre baixou no conceito dos votantes.
Provavelmente para os próprios militantes socialistas este apuramento, que não agradará, não deixa ficar espantados os que estejam atentos às opiniões que se ouvem e sentem com grande frequência na vida corrente do nosso País, mais em relação ao próprio secretário-geral do agrupamento político do que no se refere ao PS ele mesmo. É que as queixas vão directamente no que se refere à actuação de que José Sócrates deu mostras durante o período da sua governação, no primeiro período mas, pior ainda ao longo da repetição que se verifica como chefe do Executivo.
A questão que se põe é se, apesar da má experiência que tem sido demonstrada e das múltiplas acusações dos adversários, incluindo as provenientes do responsável principal do PSD, ao dar-se início a uma nova experiência governativa a comparação com o anterior poder apresentará resultados positivos de monta, porque se não for assim então todo o custo de eleições e o tempo que se perde ao longo do período das campanhas será em pura perda. Nem queremos pensar que tal sucederá, pois seria pior a emenda do que o soneto… e neste momento não nos podemos dar ao luxo de também ficarmos sem ele.
Pelo menos, de uma coisa ficarão os portugueses libertos: de discursos plenos de excessiva e caricata confiança em si próprio, de elogios ao seu umbigo, de uma falta de modéstia e de uma ausência de capacidade de ouvir que, tudo isso, são características que um responsável principal por um Conselho de Ministros deve ter em atenção permanente. Mas, obviamente, não é tudo que necessita tal personalidade. Porque o bom senso e uma dose suficiente de dúvidas constituem também alguma coisa que, na medida do possível, é conveniente que não se ausentem de cada medida que tem de ser tomada.
Agora, se é necessário unir os votos dos PSD aos do CDS para que a maioria absoluta seja alcançada, pois que os 8,8% de votos desta última formação, indicados na mesma sondagem, são, apesar da baixa cotação, essenciais, enquanto o PCP somado com o Bloco de Esquerda se ficam ambos pelos 15,8% e a abstenção é apontada na sondagem como atingindo os 38,5%, isto quer dizer que o panorama que se pode observar em tais circunstâncias não aponta para outra alternativa que não seja a da referida união política.
Não se pode dizer que, nesta altura, e atendendo ao que a sondagem em causa permite concluir, seja entusiasmante a visão política do futuro que se aproxima, isto levando em conta que as circunstâncias dificílimas que é forçoso ultrapassar não são muito propícias a dualidades de opiniões, tanto mais que as experiências vividas no nosso País e o conhecimento que temos de alguns protagonistas, como, por exemplo, o convencimento pessoal também de Paulo Portas – de Paulo Coelho ainda só existem perspectivas -, não animam a aguardar-se por uma governação no mínimo calma.
Aquilo que eu tenho referido continuadamente aqui neste meu blogue de que se torna essencial que quem vier tomar conta do Estado (para usar este expressão pouco técnica) se tem que convencer que só falando a verdade aos portugueses, esclarecendo tudo e não deixando nada no obscuro, tendo mão firme em relação às irresponsabilidades dos que são obrigados a cumprir as suas obrigações, acabando de vez com os favoritismos e pondo a Justiça a funcionar com destreza e com competência, pois enquanto tal não se verificar não é possível dar a volta de 180 graus que se impõe neste País sem rumo, sendo que tudo isso, a meu ver, não é fácil de antever.
Mas estes são apenas e só futurismos que valem o que valem. Aguardemos, portanto, no que pode assemelhar-se a um milagre.
Provavelmente para os próprios militantes socialistas este apuramento, que não agradará, não deixa ficar espantados os que estejam atentos às opiniões que se ouvem e sentem com grande frequência na vida corrente do nosso País, mais em relação ao próprio secretário-geral do agrupamento político do que no se refere ao PS ele mesmo. É que as queixas vão directamente no que se refere à actuação de que José Sócrates deu mostras durante o período da sua governação, no primeiro período mas, pior ainda ao longo da repetição que se verifica como chefe do Executivo.
A questão que se põe é se, apesar da má experiência que tem sido demonstrada e das múltiplas acusações dos adversários, incluindo as provenientes do responsável principal do PSD, ao dar-se início a uma nova experiência governativa a comparação com o anterior poder apresentará resultados positivos de monta, porque se não for assim então todo o custo de eleições e o tempo que se perde ao longo do período das campanhas será em pura perda. Nem queremos pensar que tal sucederá, pois seria pior a emenda do que o soneto… e neste momento não nos podemos dar ao luxo de também ficarmos sem ele.
Pelo menos, de uma coisa ficarão os portugueses libertos: de discursos plenos de excessiva e caricata confiança em si próprio, de elogios ao seu umbigo, de uma falta de modéstia e de uma ausência de capacidade de ouvir que, tudo isso, são características que um responsável principal por um Conselho de Ministros deve ter em atenção permanente. Mas, obviamente, não é tudo que necessita tal personalidade. Porque o bom senso e uma dose suficiente de dúvidas constituem também alguma coisa que, na medida do possível, é conveniente que não se ausentem de cada medida que tem de ser tomada.
Agora, se é necessário unir os votos dos PSD aos do CDS para que a maioria absoluta seja alcançada, pois que os 8,8% de votos desta última formação, indicados na mesma sondagem, são, apesar da baixa cotação, essenciais, enquanto o PCP somado com o Bloco de Esquerda se ficam ambos pelos 15,8% e a abstenção é apontada na sondagem como atingindo os 38,5%, isto quer dizer que o panorama que se pode observar em tais circunstâncias não aponta para outra alternativa que não seja a da referida união política.
Não se pode dizer que, nesta altura, e atendendo ao que a sondagem em causa permite concluir, seja entusiasmante a visão política do futuro que se aproxima, isto levando em conta que as circunstâncias dificílimas que é forçoso ultrapassar não são muito propícias a dualidades de opiniões, tanto mais que as experiências vividas no nosso País e o conhecimento que temos de alguns protagonistas, como, por exemplo, o convencimento pessoal também de Paulo Portas – de Paulo Coelho ainda só existem perspectivas -, não animam a aguardar-se por uma governação no mínimo calma.
Aquilo que eu tenho referido continuadamente aqui neste meu blogue de que se torna essencial que quem vier tomar conta do Estado (para usar este expressão pouco técnica) se tem que convencer que só falando a verdade aos portugueses, esclarecendo tudo e não deixando nada no obscuro, tendo mão firme em relação às irresponsabilidades dos que são obrigados a cumprir as suas obrigações, acabando de vez com os favoritismos e pondo a Justiça a funcionar com destreza e com competência, pois enquanto tal não se verificar não é possível dar a volta de 180 graus que se impõe neste País sem rumo, sendo que tudo isso, a meu ver, não é fácil de antever.
Mas estes são apenas e só futurismos que valem o que valem. Aguardemos, portanto, no que pode assemelhar-se a um milagre.
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