O QUE SE PASSA por essa Europa fora, com as revoltas de tipo popular que se verificam em várias cidades, com relevo especial para a Grécia, a Itália e também em Paris, mas com menor dimensão noutros locais, em que as manifestações atingem foros de grande violência, com prejuízos e ferimentos que as televisões assinalam, esses acontecimentos estão a provar que as populações se encontram verdadeiramente descontentes com as medidas que são tomadas pelos respectivos poderes que, segundo eles, são forçados a diminuir condições de vida dos povos que têm sob os seus cuidados.
É mais do que altura para todos nós, europeus, analisarmos a situação e dedicarmo-nos a estudar as razões dos factos e as formas de os ultrapassar. Porque o perigo do que poderá suceder daqui para a frente, em que o aumento de revoltas e das suas consequências pode levar a que, em dado momento, nos encontremos perante um completa guerra que ultrapasse em muito o que são ainda pequenas revoluções isoladas, face a tamanha possibilidade que já esteve mais longe de representar um rastilho que se propaga e que, em dada altura, será impossível de deter, essa pavorosa situação merece que os governos europeus ponham de parte questões menos graves e encarem de frente o que ocorre.
Mário Soares que, como eu tenho defendido neste espaço, também é partidário da criação dos Estados Unidos da Europa, conjunto que já esteve mais perto de poder ser seguido pela maioria dos membros europeus, os que adoptaram o euro – 16 – e os que mantêm as suas próprias moedas – 11 -, foi bem claro numa entrevista que concedeu esta semana a uma estação televisiva sobre a sua preocupação quanto à falta de entendimento profundo de todos os parceiros, especialmente no que diz respeito à atitude da Senhora Merkel que, na verdade, é a provocadora das divergências que existem entre uma parte da comunidade, pois que, com o apoio também de Sarkuzi, formam um bloco franco-alemão que, pela sua dimensão e até de um certo distanciamento das dificuldades económicas e financeiras que envolvem bastantes dos países da Europa, como é o nosso caso, não ajuda a que se conserte um continente que, de braços dados e em absoluta comunhão, enfrente a crise e forme um bloco de ajuda mútua, sem exclusões e sem reticências.
Pois é aí que eu, dentro do princípio que defendo há anos e que, cada vez mais, consiste numa necessidade urgente, volto a referir a importância que terá o ser formado o bloco que se poderá denominar como Ibéria e em que os dois países situados no extremo deste continente, pela sua dimensão terrestre e pelo número da sua população, representam um peso, logo uma importância que, nas reuniões dos países comunitários, tem de ter força para contribuir no que diz respeito às medidas que devam ser tomadas e, caso seja necessário, também se poderá opor a atitudes dominadoras de outros países que, como a Alemanha – especialmente se se junta à França – pretendem repetir posições que a História nos ensina como se passaram 70 anos atrás e cujos resultados não podem ser varridos para debaixo do tapete.
Alguém tem de se pôr de pé e falar alto e claro. Dizer as verdades, por mais duras que elas possam parecer e, por muito respeito que nos mereça o exemplo de um país, como a Alemanha, que perdeu uma guerra, que esteve dividida ao meio e que teve de pagar muitos prejuízos provocados pela actuação do seu “fuherer” da altura, mesmo assim se situa agora numa posição económica e financeira superior à maioria dos seus parceiros, apesar do reconhecimento que merece esse povo que, como é sabido, é dos mais organizados de todo o nosso continente, não é bastante para que, nesta altura, se esquive a participar no apoio que lhe compete como membro de uma comunidade que tem de estar unida e não separada por interesses de região.
Bem sabemos que os países que estão pior, como é o caso português, devem essa situação a má administração própria. A falta de visão a tempo do que as circunstâncias mostravam. Mas o que se trata é de não deixar cair os mais fracos, pois que o euro tem de ser mantido para que haja a Europa que todos nós desejamos.
Se voltarmos ao antes, com cada país a fazer renascer a sua moeda – e os casos em que os tais onze não aderiram ainda ao que corresponde uma obrigação, como é o que se passa como Reino Unido, entre outros, é merecedor de censura -, então isso representará o fim da Europa comunitária. E as consequências de tal acontecimento nem é bom pensar-se nelas.
É mais do que altura para todos nós, europeus, analisarmos a situação e dedicarmo-nos a estudar as razões dos factos e as formas de os ultrapassar. Porque o perigo do que poderá suceder daqui para a frente, em que o aumento de revoltas e das suas consequências pode levar a que, em dado momento, nos encontremos perante um completa guerra que ultrapasse em muito o que são ainda pequenas revoluções isoladas, face a tamanha possibilidade que já esteve mais longe de representar um rastilho que se propaga e que, em dada altura, será impossível de deter, essa pavorosa situação merece que os governos europeus ponham de parte questões menos graves e encarem de frente o que ocorre.
Mário Soares que, como eu tenho defendido neste espaço, também é partidário da criação dos Estados Unidos da Europa, conjunto que já esteve mais perto de poder ser seguido pela maioria dos membros europeus, os que adoptaram o euro – 16 – e os que mantêm as suas próprias moedas – 11 -, foi bem claro numa entrevista que concedeu esta semana a uma estação televisiva sobre a sua preocupação quanto à falta de entendimento profundo de todos os parceiros, especialmente no que diz respeito à atitude da Senhora Merkel que, na verdade, é a provocadora das divergências que existem entre uma parte da comunidade, pois que, com o apoio também de Sarkuzi, formam um bloco franco-alemão que, pela sua dimensão e até de um certo distanciamento das dificuldades económicas e financeiras que envolvem bastantes dos países da Europa, como é o nosso caso, não ajuda a que se conserte um continente que, de braços dados e em absoluta comunhão, enfrente a crise e forme um bloco de ajuda mútua, sem exclusões e sem reticências.
Pois é aí que eu, dentro do princípio que defendo há anos e que, cada vez mais, consiste numa necessidade urgente, volto a referir a importância que terá o ser formado o bloco que se poderá denominar como Ibéria e em que os dois países situados no extremo deste continente, pela sua dimensão terrestre e pelo número da sua população, representam um peso, logo uma importância que, nas reuniões dos países comunitários, tem de ter força para contribuir no que diz respeito às medidas que devam ser tomadas e, caso seja necessário, também se poderá opor a atitudes dominadoras de outros países que, como a Alemanha – especialmente se se junta à França – pretendem repetir posições que a História nos ensina como se passaram 70 anos atrás e cujos resultados não podem ser varridos para debaixo do tapete.
Alguém tem de se pôr de pé e falar alto e claro. Dizer as verdades, por mais duras que elas possam parecer e, por muito respeito que nos mereça o exemplo de um país, como a Alemanha, que perdeu uma guerra, que esteve dividida ao meio e que teve de pagar muitos prejuízos provocados pela actuação do seu “fuherer” da altura, mesmo assim se situa agora numa posição económica e financeira superior à maioria dos seus parceiros, apesar do reconhecimento que merece esse povo que, como é sabido, é dos mais organizados de todo o nosso continente, não é bastante para que, nesta altura, se esquive a participar no apoio que lhe compete como membro de uma comunidade que tem de estar unida e não separada por interesses de região.
Bem sabemos que os países que estão pior, como é o caso português, devem essa situação a má administração própria. A falta de visão a tempo do que as circunstâncias mostravam. Mas o que se trata é de não deixar cair os mais fracos, pois que o euro tem de ser mantido para que haja a Europa que todos nós desejamos.
Se voltarmos ao antes, com cada país a fazer renascer a sua moeda – e os casos em que os tais onze não aderiram ainda ao que corresponde uma obrigação, como é o que se passa como Reino Unido, entre outros, é merecedor de censura -, então isso representará o fim da Europa comunitária. E as consequências de tal acontecimento nem é bom pensar-se nelas.
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