quarta-feira, 17 de novembro de 2010

MAR


Óh mar que te perdes no infinito
onde a vista não alcança o termo
andas em busca de todo o estafermo
que nas tuas águas lança detrito

Já foste mais limpo óh mar sereno
mirávamo-nos todos no espelho
irmãos no mundo, do novo e velho
e não havia em ti qualquer veneno

Hoje, neste globo emporcalhado
onde o amanhã já pouco importa
não és para nós o mesmo singular

Perdeste o que era o nosso agrado
estás a tornar a nossa vida morta
acabas sendo uma estrumeira, oh mar!

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