sexta-feira, 10 de setembro de 2010

GASTAR VILANAGEM!...


ESTE TEMA tem sido ultimamente debatido insistentemente na comunicação social, mas não tanto como se se tratasse de um assunto que envolvesse situações relacionadas com futebol ou com aqueles casos em que estão envolvidas figuras públicas que chamam a atenção pelos motivos mais pueris mas que provocam sempre interesse de leitura à massa de gente que não perde pitada desses tipos de notícias. Refiro-me à inauguração, com a presença desse ministro da Defesa que já teve outras funções nos governos de Sócrates, e em que foi largamente demonstrado o interior da nave que aumentou ainda mais a nossa dívida pública, a qual subirá outro tanto quando chegar a Portugal o segundo submarino de que Paulo Portas, quando desempenhou as funções de responsável governamental pela pasta militar, negociou a compra.
Ora bem, este “tridente”, que assim se chama esta aquisição aos alemães que constitui mais um pesadelo de pagamento mais tarde pelos portugueses que cá estiverem nessa altura, e não é assim tão longínquo o prazo, mereceu as honras de uma tão costumada e apreciada manifestação solene, muito embora, desta vez – e compreende-se o cuidado tido por José Sócrates de não ser ele a proceder à inauguração, como costuma fazer por tudo e por nada que entra em funções e até só pelo facto de se anunciar o início de um projecto -, tivesse sido passado encargo a um ministro que não tem merecido grande credibilidade pelo seu comportamento nas funções que lhe têm sido atribuídas.
Mas, mesmo que neste blogue me tenha indignado bastante pelo acto que merecia claramente a responsabilização do principal causador de toda uma aquisição que, apurou-se já, não teve o tratamento contratual que obrigaria, sem haver motivo para escusa, à aquisição de produtos de origem portuguesa no valor total dos dois submarinos, milhões de euros, não posso deixar de voltar a clamar pela chamada à liça quem deu origem a este compromisso e que não pode passar impune, quanto mais não seja através da demonstração pública de que se trata de alguém que não pode voltar a exercer funções governativas de qualquer espécie.
Isto de haver quem ocasione situações verdadeiramente gravosas ao nosso País e que fique impune e nem sequer surja a esclarecer, de forma inequívoca, o que levou a tomar a iniciativa que, como esta dos submarinos, representa um esforço que todos os portugueses têm de suportar, tal benevolência não é admissível, pois que se um funcionário público qualquer, por mais modestas que sejam as suas funções, praticar um acto que ocasione prejuízo nítido ao Estado, logo terá que se defrontar com uma acção punitiva que pode ir para além da cessação das suas funções.
Mas que digo eu aqui neste simples blogue? Até parece que não vivo neste País e que acredito que a mudança de regime no Abril de 74 alterou completamente as mentalidades de fundo desta gente que por cá continua a andar !...

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