POR ESSE MUNDO FORA, onde existirem seres humanos, sempre se depara com gente que puxa pelo seu “eu” a propósito de tudo e de nada. Os artigos definidos para essa gente resume-se à primeira pessoa do singular, os restantes cinco parece não terem sido enunciados durante a primeira aprendizagem escolar e, pela vida fora, sobretudo se atingem posições de maior destaque do que os outros, fazem sobressair essa arrogância, pretendendo fazer ver que não existe o “nós”, que o “vós” é desprezível e que, o “eu “ sai sempre em primeiro lugar, com o “tu” em posição subalterna.
Não é verdade que, nas discursatas que muitos políticos que por cá temos, talvez mesmo todos, mas também é certo que outros actuantes em diferentes áreas dão preferência a esse prenome, todos os feitos, as defesas de teorias, as recomendações saem com o “eu” à cabeça? Por muito que os seus falares sejam feitos em nome de um partido, de um grupo, de uma comissão, até de um Governo não assumem que os temas que apresentam tenham origem de várias cabeças e vontades e que terá sido o resultado de um consenso de múltiplos participantes. Não senhor, é tudo obra exclusiva sua, o seu talento isolado é que produziu a decisão que é transmitida, boa ou má, porque o que importa é dar mostras de que a sua cabeça é privilegiada e o seu querer tem mais força do que o de vários que puxem para o mesmo lado.
Eu confesso o meu fraco. Não devia prestar grande atenção a tais modos de comportamento, já que, os que se encontram mais ou monos próximos, a esses faço o possível para não dar grande importância; mas se, cada vez que procure encontrar distracção num programa das nossas televisões, me sai no écran um fulano, dos que ocupam grande parte do tempo usado em tal aparelho, com afirmações de que “eu” quero, “eu” faço, “eu” mando, aí perco as estribeiras e a minha vontade é de desligar de imediato o aparelho. Mas a curiosidade é superior ao enfado. E, já agora, fico a tentar averiguar se, de facto, existe alguma boa nova de que valha a pena tomar conhecimento. E, na maior parte das vezes, não é isso que sucede. Trata-se de mais um elogio em boca própria, de outra soberba exibida. Uma tristeza!
Embora não me apeteça indicar exemplos, não posso deixar em claro os nomes de três figuras que usam e abusam do seu “eu”. Segundo parece, não têm a noção da má figura que fazem ao demonstrarem que tanto se amam a si próprios. Devem ser uns felizardos por essa característica, sobretudo porque eu pertenço ao grupo que suportam o desconsolo de uma convicção balofa, e, no mar das minhas dúvidas, suponho que não existe ninguém que saiba tudo, que tenha atingido o cúmulo da perfeição, que se encontra sempre disposto a comparecer perante seja quem for para discutir uma ideia que seja melhor do que a sua.
As três personagens mediáticas que não escondem as suas convicções no extremo da perfeição são, no meu modesto modo de apreciar e sem qualquer preocupação de ordem, os que não saem dos écrans de televisão e que aguardam ainda por melhores dias que o País lhes ofereça:
José Sócrates, inevitavelmente, será o primeiro a apontar; Paulo Portas, que bem se estica para conseguir o que ambiciona desde a sua juventude (altura em que eu até lhe proporcionei o primeiro emprego como jornalista); e Francisco Louça, que tem a sua utilidade como crítico político e que não consegue convencer os portugueses em número suficiente por se situar numa posição esquerdista que assusta ainda, apesar da Direita também ter dado o resultado que deu…
Face à notícia agora divulgada de, em casa e Basílio Horta, num almoço em Fevereiro passado, o primeiro-ministro convidou Paulo Portas para fazer parte do seu Governo, no cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, o que este, com bom senso, recusou, teria sido interessante assistir ao confronto de duas forças que, convictamente, se consideram ser donos e senhores da razão. Se não fosse para tremer de pavor, dava para rir à farta…
Mas deixemos os “eus” besuntarem-se com as suas vaidades, Desde que não prejudiquem o caminho que Portugal deve seguir para tentar salvar-se do descalabro que ninguém pode garantir que não esteja â vista, pois que satisfaçam a sua vaidade a mirar-se constantemente ao espelho.
Não é verdade que, nas discursatas que muitos políticos que por cá temos, talvez mesmo todos, mas também é certo que outros actuantes em diferentes áreas dão preferência a esse prenome, todos os feitos, as defesas de teorias, as recomendações saem com o “eu” à cabeça? Por muito que os seus falares sejam feitos em nome de um partido, de um grupo, de uma comissão, até de um Governo não assumem que os temas que apresentam tenham origem de várias cabeças e vontades e que terá sido o resultado de um consenso de múltiplos participantes. Não senhor, é tudo obra exclusiva sua, o seu talento isolado é que produziu a decisão que é transmitida, boa ou má, porque o que importa é dar mostras de que a sua cabeça é privilegiada e o seu querer tem mais força do que o de vários que puxem para o mesmo lado.
Eu confesso o meu fraco. Não devia prestar grande atenção a tais modos de comportamento, já que, os que se encontram mais ou monos próximos, a esses faço o possível para não dar grande importância; mas se, cada vez que procure encontrar distracção num programa das nossas televisões, me sai no écran um fulano, dos que ocupam grande parte do tempo usado em tal aparelho, com afirmações de que “eu” quero, “eu” faço, “eu” mando, aí perco as estribeiras e a minha vontade é de desligar de imediato o aparelho. Mas a curiosidade é superior ao enfado. E, já agora, fico a tentar averiguar se, de facto, existe alguma boa nova de que valha a pena tomar conhecimento. E, na maior parte das vezes, não é isso que sucede. Trata-se de mais um elogio em boca própria, de outra soberba exibida. Uma tristeza!
Embora não me apeteça indicar exemplos, não posso deixar em claro os nomes de três figuras que usam e abusam do seu “eu”. Segundo parece, não têm a noção da má figura que fazem ao demonstrarem que tanto se amam a si próprios. Devem ser uns felizardos por essa característica, sobretudo porque eu pertenço ao grupo que suportam o desconsolo de uma convicção balofa, e, no mar das minhas dúvidas, suponho que não existe ninguém que saiba tudo, que tenha atingido o cúmulo da perfeição, que se encontra sempre disposto a comparecer perante seja quem for para discutir uma ideia que seja melhor do que a sua.
As três personagens mediáticas que não escondem as suas convicções no extremo da perfeição são, no meu modesto modo de apreciar e sem qualquer preocupação de ordem, os que não saem dos écrans de televisão e que aguardam ainda por melhores dias que o País lhes ofereça:
José Sócrates, inevitavelmente, será o primeiro a apontar; Paulo Portas, que bem se estica para conseguir o que ambiciona desde a sua juventude (altura em que eu até lhe proporcionei o primeiro emprego como jornalista); e Francisco Louça, que tem a sua utilidade como crítico político e que não consegue convencer os portugueses em número suficiente por se situar numa posição esquerdista que assusta ainda, apesar da Direita também ter dado o resultado que deu…
Face à notícia agora divulgada de, em casa e Basílio Horta, num almoço em Fevereiro passado, o primeiro-ministro convidou Paulo Portas para fazer parte do seu Governo, no cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, o que este, com bom senso, recusou, teria sido interessante assistir ao confronto de duas forças que, convictamente, se consideram ser donos e senhores da razão. Se não fosse para tremer de pavor, dava para rir à farta…
Mas deixemos os “eus” besuntarem-se com as suas vaidades, Desde que não prejudiquem o caminho que Portugal deve seguir para tentar salvar-se do descalabro que ninguém pode garantir que não esteja â vista, pois que satisfaçam a sua vaidade a mirar-se constantemente ao espelho.
Sem comentários:
Enviar um comentário