domingo, 6 de setembro de 2009

CARTAZES DE PROPAGANDA POLÍTICA



Isto da invasão de tudo que é sítio nos espaços públicos com fácil visibilidade com cartazes de propaganda eleitoral, sempre que se está em vésperas de eleições, sobretudo porque as facilidades que as leis concedem para o efeito são muito benignas para os nelas interessados, esta atitrude faz com que se assista a uma invasão de fotografias dos que pretendem mostrar-se, e, sobretudo, sejam apresentadas frases que nos deixam pensativos sobre a qualidade publicitária dos autores das ideias.
È que. não só que diz respeito ao lado estético, se tratem, quase todos, de demonstrações de mau gosto, sobretudo como mensagem convencedora de que vale a pena votar naquela figura, e, no que diz respeito ao slogan lá colocado, ainda pior disposição nos causa.
Não vou aqui deixar exemplos, dos muitos que poderia apontar, basta-me concluir que, nas fileiras dos partidos políticos que se acotovelam para competir, não existem cabeças que tenham um mínimo de capacidade para interpretar o efeito que causa nos passantes a visão global daquela propaganda.
É verdade que, hoje em dia, os produtos comerciais que recorrem a agências especializadas para conseguirem obter bons resultados de venda no mercado onde são distribuídos, pelo que assistimos nos anúncios televisivos não mostram capacidade para captar a atenção dos clientes. Por isso, o mesmo se passa com a propaganda política e aí, é pena, porque é o dinheiro dos contribuintes que está em causa, através das participações do Estado nos agrupamentos políticos que concorrem a eleições.
Não vou mais adiante. Nem vale a pena pôr mais na carta. Afinal será um desses partidos que terminará por obter mais votos e, por via disso, uma colocação prioritária na formação de Governo. E depois, é o que se sabe. São uma série de anos a aguentar com a mediocridade. E o País a sofrer as consequências. E os portugueses a marcarem passo e a verem os outros a progredir. E uns tantos a arrepelarem-se por não conseguirem um pouco de progresso.
Não, não é a Democracia que tem culpa disto. São os homens que, sendo seguidores dessa ainda menos má forma de politica ou, pelo contrário, preferindo os regimes de mão forte e violenta, que não são capazes, eem nenhuma circunstância, de saber conduzir a sua própria vivência e estragam sempre aquilo que, em princípio, serão boas intenções. O Homem é o maior inimigo de si próprio. E os defeitos que lhe estão incutidos na alma, a inveja, a vaidade, a presunção, são sobretudo estas características que fazem com que se sinta sempre com razão e superior ao próximo.
Os cartazes de propaganda eleitoral representam a demonstração de que todos os políticos gozam de prazer infinito em ver-se reproduzidos nesses painéis, em enorme formato, geralmente com um risinho cínico e, ainda pior, com uma frase geralmente estúpida, numa demonstração clara de que, se autorizou que saísse o que escreveram, então tem de ser qualificado com o que está exposto.
A mim, se os cartazes servissem para me aconselhar a escolher, não votaria nunca. E não é isso que eu quero fazer.

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