quinta-feira, 2 de julho de 2009

IDA AOS CÉUS

As nuvens que ao longe vejo
passando sem muita pressa
criou certo ensejo
de arejar minha cabeça
com pensamentos bonitos
e esquisitos

Imaginei-me no céu
no meio do Universo
com as estrelas como véu
formando um longo terço
que me embala
me faz gala

E eu, bem alto observo
a Terra que vai girando
no fundo sempre conservo
saudades de sempre e quando
passeava
e olhava

E via o que não gostava
No mundo que me acolhera
era lá onde eu estava
não fora eu que escolhera
preciso, pois, sair
e da Terra fugir

No céu onde me imagino
estou longe de ser humano
onde não há um destino
possa até ser marciano
aqui todos são iguais
não há os menos e os mais

Este céu é Universo
não o outro dos perdões
não há sim nem o reverso
nem escolhas ou opções
aqui viver é estar
tranquilo a gozar

Isto que eu imagino
quando estou só a pensar
pode parecer não ter tino
mas faz-me bem descansar
da tal luta inglória
de querer ter memória

Quando o sonho terminar
e puser os pés no chão
triste será acordar
acabar a ilusão
cá estou de novo na Terra
preparado para a guerra

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