Como eu gostaria de andar mais desatento com o que se passa em meu redor.
Só me interessar pelo que valesse a pena, sem ser necessário fazer ouvidos moucos quando a conversa não atinge o meu interesse.
Ter um filtro exterior que só deixasse passar aquilo que merecesse chegar ao meu cérebro.
Mas não é isso que acontece.
Mas não é isso que acontece.
Pelo contrário, classifico quase tudo por idêntica bitola. Dou importância semelhante a tudo que chega aos meus olhos e ouvidos.
Irrito-me até com o que não tem valor para ser visto e escutado.
E, mesmo que não conteste, que finja que não me chegou a mensagem, ela entrou e provocou o estrago que põe em alvoroço o meu pensamento.
Só eu sei quanto me esforço para estabelecer uma espécie de censura, uma parede que não deixe passar tudo o que não merece ser armazenado num dos cantos da minha massa encefálica.
Só eu sei quanto me esforço para estabelecer uma espécie de censura, uma parede que não deixe passar tudo o que não merece ser armazenado num dos cantos da minha massa encefálica.
Mas tenho de reconhecer que a curiosidade é superior ao cuidado selectivo que devia fazer parte da primeira linha da minha protecção.
Sou eu que sofro com as consequências.
Sou eu que sofro com as consequências.
Faz-me perder tempo com insignificâncias e fico com espaço ocupado que me faz tanta falta para arquivar os acontecimentos e as palavras que vale a pena ir guardando cuidadosamente ao longo da nossa existência.
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