domingo, 5 de abril de 2009

DESENCANTO... POR ENQUANTO!

Como eu gostaria de andar mais desatento com o que se passa em meu redor.
Só me interessar pelo que valesse a pena, sem ser necessário fazer ouvidos moucos quando a conversa não atinge o meu interesse.
Ter um filtro exterior que só deixasse passar aquilo que merecesse chegar ao meu cérebro.
Mas não é isso que acontece.
Pelo contrário, classifico quase tudo por idêntica bitola. Dou importância semelhante a tudo que chega aos meus olhos e ouvidos.
Irrito-me até com o que não tem valor para ser visto e escutado.
E, mesmo que não conteste, que finja que não me chegou a mensagem, ela entrou e provocou o estrago que põe em alvoroço o meu pensamento.
Só eu sei quanto me esforço para estabelecer uma espécie de censura, uma parede que não deixe passar tudo o que não merece ser armazenado num dos cantos da minha massa encefálica.
Mas tenho de reconhecer que a curiosidade é superior ao cuidado selectivo que devia fazer parte da primeira linha da minha protecção.
Sou eu que sofro com as consequências.
Faz-me perder tempo com insignificâncias e fico com espaço ocupado que me faz tanta falta para arquivar os acontecimentos e as palavras que vale a pena ir guardando cuidadosamente ao longo da nossa existência.

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