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Francamente era a última coisa a esperar que sucedesse numa altura em que toda a nossa preocupação deveria estar mobilizada pelas formas de solucionarmos a maldita crise que os homens criaram e que, como uma moléstia pegadiça, se tem vindo a propagar por este mundo que uns tantos apelidam “de Cristo”. Refiro-me, como não podia deixar de ser, a essa de Sócrates e Cavaco Silva andarem a “pisar os calos" mutuamente.
Quer dizer, tal como namorados com arrufos, depois de serem acusados de andarem com as línguas na boca um do outro, como era o que diziam as Oposições que, obviamente, não lhes agradava ver os dois expoentes máximos do poder político nacional a estarem de acordo permanente, a dada altura, por ataques de ciúmes, desentenderam-se e vai de fazerem caretas e de se porem de costas. E tudo porque um intruso, de nome Estatuto dos Açores, surgiu e criou uma crispação que pôs em causa o comando caseiro de uma das partes. E como nenhum dos noivos quer ficar a mandar menos do que o outro, vai de bater com o pé e de dar início a zangas que não surgiriam se o referido diploma não tivesse criado a ferida.
No fundo, trata-se de um desentendimento que não justifica o mais pequeno desacato, pois basta que uma das partes dê o braço a torcer para que tudo fique na paz dos anjos. Mas nós sabemos como são os homens, que nunca estão dispostos a dar o primeiro passo e a estender a mão ao pretenso ofendido do outro lado, resolvendo o problema sem arrelias nem amuos.
Vistas as coisas e salvaguardadas as necessárias distâncias, afinal o que se passa entre Israel o tal Hamas é uma outra situação em que duas frentes se julgam donas da razão e nenhuma se encontrar na disposição de claudicar dos seus propósitos, pelo que, em vez disso, se vão agredindo, com prejuízo das populações que vêem os seus bens e os seus familiares serem destruídos. Se há uma que bate mais duro do que a outra, esse é um pormenor. Doloroso, mas só uma consequência do desencontro de opiniões. Pois que bastaria ambas guardarem as suas armas de arremesso e cada uma seguir o seu caminho e reconstruir o que ficou desfeito, ajudando-se até uma à outra naquilo que fosse possível. E tudo ficaria resolvido.
É, evidentemente, uma comparação que muitos julgarão despropositada. E, claro, só tem equivalência no ponto de vista da capacidade dos homens de conseguirem procurar o entendimento, em vez das desavenças.
No nosso caso, talvez um acordo, quanto mais cedo possível, entre Sócrates e Cavaco Silva no que diz respeito às datas das três eleições em 2009, sabendo-se que, na verdade, as junções possíveis só contribuirão para economizar gastos públicos e paciência dos eleitores, essa chegada a um consenso pode representar uma forma de colocar um pano sobre os desencontros de opiniões.
Mas que optimista que eu estou hoje!...
Quer dizer, tal como namorados com arrufos, depois de serem acusados de andarem com as línguas na boca um do outro, como era o que diziam as Oposições que, obviamente, não lhes agradava ver os dois expoentes máximos do poder político nacional a estarem de acordo permanente, a dada altura, por ataques de ciúmes, desentenderam-se e vai de fazerem caretas e de se porem de costas. E tudo porque um intruso, de nome Estatuto dos Açores, surgiu e criou uma crispação que pôs em causa o comando caseiro de uma das partes. E como nenhum dos noivos quer ficar a mandar menos do que o outro, vai de bater com o pé e de dar início a zangas que não surgiriam se o referido diploma não tivesse criado a ferida.
No fundo, trata-se de um desentendimento que não justifica o mais pequeno desacato, pois basta que uma das partes dê o braço a torcer para que tudo fique na paz dos anjos. Mas nós sabemos como são os homens, que nunca estão dispostos a dar o primeiro passo e a estender a mão ao pretenso ofendido do outro lado, resolvendo o problema sem arrelias nem amuos.
Vistas as coisas e salvaguardadas as necessárias distâncias, afinal o que se passa entre Israel o tal Hamas é uma outra situação em que duas frentes se julgam donas da razão e nenhuma se encontrar na disposição de claudicar dos seus propósitos, pelo que, em vez disso, se vão agredindo, com prejuízo das populações que vêem os seus bens e os seus familiares serem destruídos. Se há uma que bate mais duro do que a outra, esse é um pormenor. Doloroso, mas só uma consequência do desencontro de opiniões. Pois que bastaria ambas guardarem as suas armas de arremesso e cada uma seguir o seu caminho e reconstruir o que ficou desfeito, ajudando-se até uma à outra naquilo que fosse possível. E tudo ficaria resolvido.
É, evidentemente, uma comparação que muitos julgarão despropositada. E, claro, só tem equivalência no ponto de vista da capacidade dos homens de conseguirem procurar o entendimento, em vez das desavenças.
No nosso caso, talvez um acordo, quanto mais cedo possível, entre Sócrates e Cavaco Silva no que diz respeito às datas das três eleições em 2009, sabendo-se que, na verdade, as junções possíveis só contribuirão para economizar gastos públicos e paciência dos eleitores, essa chegada a um consenso pode representar uma forma de colocar um pano sobre os desencontros de opiniões.
Mas que optimista que eu estou hoje!...
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