
Se não existisse tinha de ser inventado. Mas não nas funções oficiais que exerce, que essas têm de ser extremamente sérias para que sejam usadas como “entretainer”.
Ninguém seria capaz de imaginar um presidente governamental de um governo regional com a linguagem e o comportamento que são permanentes em Alberto João Jardim. Só uma enorme vontade de dar nas vistas, de marcar presença sempre que surge em público, apenas isso justifica, ainda que mal, que um político utilize as expressões e as formas de qualificar os outros, mesmo os que exercem a mesma profissão e pertençam ou não ao mesmo grupo partidário que é o seu.
A chamada “entrevista” que ontem foi transmitida na RTP, supondo-se que o jornalista que se encarregou das perguntas seria capaz de as apresentar como correspondência à curiosidade dos espectadores portugueses, não passou de um discurso propagandístico daquele que, por mais de uma vez, fez questão de clamar que tinha orgulho em ser português. Na verdade, Mário Crespo, não teve possibilidade – ou melhor, não foi capaz – de suspender a “metralhadora” madeirense e de o chamar à atenção para a necessidade de lhe serem feitas perguntas, para que fossem dadas respostas rápidas e sucintas ao tema que estava na questão.
Jardim queixou-se de que o PSD não o quis para líder do partido, pois não o deixaram “acabar com os grupos e grupelhos que lá existem e pusesse a casa em ordem”. Mas não se ficou por aqui, tratando por “aqueles tipos” e “essa gentinha” todos os que não são do seu agrado, fez um ataque cerrado ao seu colega, Carlos César, presidente do governo dos Açores, e não deixou incólume Cavaco Silva, acusando-o de estar mais atento à resolução das questões açorianas do que as da Madeira.
Em resumo, aquele homem (agora sou eu a utilizar uma expressão tão do agrado discursivo do chefe da Madeira) surgiu exactamente como ele é. Não veio mascarado carnavalescamente, não se mostrou em calções de banho e barrigudo como ele gosta de se passear no Porto Santo, não puxou do clássico charuto para dar mostras de sobranceria, talvez porque não se pode fumar em frente das câmaras, mas lá que ele esteve a comandar a conversa, ou melhor o monólogo, que não deu oportunidade a que lhe fossem feitas perguntas que estavam na ponta da língua de muitos cidadãos que não andam distraídos com estes casos da nossa política, isso sucedeu e deixou a sua marca ainda mais profunda que, pelos vistos, é muito apreciada pelos madeirenses. Por isso já o elegeram e reelegeram tantas vezes.
Pensando bem, se calhar, eu, se fosse natural ou vivente naquele Arquipélago, também votaria sempre Jardim. É que, com o dinheiro que vai da Metrópole ou não, ele tem feito melhorias notáveis naquelas ilhas. Fui lá muitas vezes e, de cada vez, me surpreendi pelas diferenças que encontrava. Nas estradas, no aeroporto, nas povoações.
Que continue por lá, mas que não nos castigue esteticamente com a sua presença e as suas palavras!...
Ninguém seria capaz de imaginar um presidente governamental de um governo regional com a linguagem e o comportamento que são permanentes em Alberto João Jardim. Só uma enorme vontade de dar nas vistas, de marcar presença sempre que surge em público, apenas isso justifica, ainda que mal, que um político utilize as expressões e as formas de qualificar os outros, mesmo os que exercem a mesma profissão e pertençam ou não ao mesmo grupo partidário que é o seu.
A chamada “entrevista” que ontem foi transmitida na RTP, supondo-se que o jornalista que se encarregou das perguntas seria capaz de as apresentar como correspondência à curiosidade dos espectadores portugueses, não passou de um discurso propagandístico daquele que, por mais de uma vez, fez questão de clamar que tinha orgulho em ser português. Na verdade, Mário Crespo, não teve possibilidade – ou melhor, não foi capaz – de suspender a “metralhadora” madeirense e de o chamar à atenção para a necessidade de lhe serem feitas perguntas, para que fossem dadas respostas rápidas e sucintas ao tema que estava na questão.
Jardim queixou-se de que o PSD não o quis para líder do partido, pois não o deixaram “acabar com os grupos e grupelhos que lá existem e pusesse a casa em ordem”. Mas não se ficou por aqui, tratando por “aqueles tipos” e “essa gentinha” todos os que não são do seu agrado, fez um ataque cerrado ao seu colega, Carlos César, presidente do governo dos Açores, e não deixou incólume Cavaco Silva, acusando-o de estar mais atento à resolução das questões açorianas do que as da Madeira.
Em resumo, aquele homem (agora sou eu a utilizar uma expressão tão do agrado discursivo do chefe da Madeira) surgiu exactamente como ele é. Não veio mascarado carnavalescamente, não se mostrou em calções de banho e barrigudo como ele gosta de se passear no Porto Santo, não puxou do clássico charuto para dar mostras de sobranceria, talvez porque não se pode fumar em frente das câmaras, mas lá que ele esteve a comandar a conversa, ou melhor o monólogo, que não deu oportunidade a que lhe fossem feitas perguntas que estavam na ponta da língua de muitos cidadãos que não andam distraídos com estes casos da nossa política, isso sucedeu e deixou a sua marca ainda mais profunda que, pelos vistos, é muito apreciada pelos madeirenses. Por isso já o elegeram e reelegeram tantas vezes.
Pensando bem, se calhar, eu, se fosse natural ou vivente naquele Arquipélago, também votaria sempre Jardim. É que, com o dinheiro que vai da Metrópole ou não, ele tem feito melhorias notáveis naquelas ilhas. Fui lá muitas vezes e, de cada vez, me surpreendi pelas diferenças que encontrava. Nas estradas, no aeroporto, nas povoações.
Que continue por lá, mas que não nos castigue esteticamente com a sua presença e as suas palavras!...
Sem comentários:
Enviar um comentário