
“As ilusões pagam-se caras”, esta a frase que proferiu ontem Cavaco Silva no seu discurso do início do ano. E não é para me gabar, mas esta concordância que se pode verificar nas palavras do Presidente e naquilo que eu tenho andado aqui, neste blogue, a insistir, ao longo de vários textos que tenho deixado e podem ser confirmadas por quem se queira dar ao trabalho de ir ler o que consta em inúmeras críticas que se encontram gravadas neste “site”, esta coincidência de pontos de vista até tem graça.
De igual modo, sempre mostrei indignação pelo facto de José Sócrates e vários dos ministros do seu Governo, em lugar de falarem claro aos portugueses, pondo de parte gabarolices que são não só descabidas como não correspondem à verdade dos factos, na maioria dos casos, em vez dessa obrigação mostraram preferência por afirmar que tudo das suas acções constitui o melhor que pode ser feito e que quem não está de acordo com a política praticada só mostra um hábito português de se posicionar sempre no contra.
Por diversas vezes aqui deixei bem claro que, face às dificuldades que atravessa o mundo e que, no nosso caso, são bem sentidas pelos portugueses, o que Sócrates e os seus seguidores deviam fazer era usar da sinceridade e dizer aos cidadãos que a situação é excessivamente difícil e que tudo que seja fazer papel de ricos, com investimentos anunciados que todos sabemos que não vão poder ser suportados.
Toda esse deslumbramento com as novas auto-estradas, com a anunciada nova ponte sobre o Tejo, com a construção do aeroporto que vai servir a capital, com a novas vias ultra rápidas ferroviárias, tudo isso obviamente necessário num futuro, ser referido nesta altura é uma coisa, mas andar a arrotar milhares de milhões que sabemos todos muito bem que não os temos e que, mesmo recorrendo a empréstimos exteriores, é uma hipoteca que deixamos de herança aos nossos vindouros, proceder dessa maneira como se tornou um hábito vincado do actual Governo português, é impingir uma ilusão que, ainda que fiquem a meio parte das obras que se anunciam, vão deixar o nosso País atolado num lodo de dívidas que terão as consequências horrorosas que quem cá estiver na altura – e já não vão ser estes – terão de enfrentar. Isto, digo-o com tristeza mas sem receio de ser acusado de pessimista doentio.
Quem persistir enrolado na ilusão de que o caminho que seguimos é o correcto, que não tem importância que gastemos mais do que aquilo que necessitamos, de que não temos de nos preocupar com a produção nacional e a colocação dos produtos nos mercados exteriores – afinal, esse ICEP, que custa tanto dinheiro, o que é que anda a fazer? –, os que não se preocupam com a dificuldades por que estão a passar as pequenas e médias empresas, as que ainda podem prestar algum auxílio aos desempregados, todos esses, em que está incluído todo o Executivo e os seus responsáveis principais, na História que virá a ser escrita ali ficarão a ocupar um espaço vergonhoso.
Gostemos ou não, mas Cavaco Silva não se pode, nem deve, calar. E mandem às malvas os que temem o confronto entre os dois poderes principais da nossa Democracia.
De igual modo, sempre mostrei indignação pelo facto de José Sócrates e vários dos ministros do seu Governo, em lugar de falarem claro aos portugueses, pondo de parte gabarolices que são não só descabidas como não correspondem à verdade dos factos, na maioria dos casos, em vez dessa obrigação mostraram preferência por afirmar que tudo das suas acções constitui o melhor que pode ser feito e que quem não está de acordo com a política praticada só mostra um hábito português de se posicionar sempre no contra.
Por diversas vezes aqui deixei bem claro que, face às dificuldades que atravessa o mundo e que, no nosso caso, são bem sentidas pelos portugueses, o que Sócrates e os seus seguidores deviam fazer era usar da sinceridade e dizer aos cidadãos que a situação é excessivamente difícil e que tudo que seja fazer papel de ricos, com investimentos anunciados que todos sabemos que não vão poder ser suportados.
Toda esse deslumbramento com as novas auto-estradas, com a anunciada nova ponte sobre o Tejo, com a construção do aeroporto que vai servir a capital, com a novas vias ultra rápidas ferroviárias, tudo isso obviamente necessário num futuro, ser referido nesta altura é uma coisa, mas andar a arrotar milhares de milhões que sabemos todos muito bem que não os temos e que, mesmo recorrendo a empréstimos exteriores, é uma hipoteca que deixamos de herança aos nossos vindouros, proceder dessa maneira como se tornou um hábito vincado do actual Governo português, é impingir uma ilusão que, ainda que fiquem a meio parte das obras que se anunciam, vão deixar o nosso País atolado num lodo de dívidas que terão as consequências horrorosas que quem cá estiver na altura – e já não vão ser estes – terão de enfrentar. Isto, digo-o com tristeza mas sem receio de ser acusado de pessimista doentio.
Quem persistir enrolado na ilusão de que o caminho que seguimos é o correcto, que não tem importância que gastemos mais do que aquilo que necessitamos, de que não temos de nos preocupar com a produção nacional e a colocação dos produtos nos mercados exteriores – afinal, esse ICEP, que custa tanto dinheiro, o que é que anda a fazer? –, os que não se preocupam com a dificuldades por que estão a passar as pequenas e médias empresas, as que ainda podem prestar algum auxílio aos desempregados, todos esses, em que está incluído todo o Executivo e os seus responsáveis principais, na História que virá a ser escrita ali ficarão a ocupar um espaço vergonhoso.
Gostemos ou não, mas Cavaco Silva não se pode, nem deve, calar. E mandem às malvas os que temem o confronto entre os dois poderes principais da nossa Democracia.
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