
Ainda está por explicar completamente o que é isso de liberdade. Um preso pode gozar um pouco mais da liberdade do que aquele que se desloca para onde quer e pode? Um multimilionário é, na verdade, um homem livre? Um crente fervoroso da sua religião tem liberdade absoluta?
E poderia ir por aí fora com este tipo de interrogações. Só que a resposta não surge com facilidade. Há muitos mas! Excessivos até!
Seguramente, a liberdade é a característica de não se ter necessidade de qualquer outro para viver. Logo, liberdade absoluta não existe. Se há necessidade de recorrer ao trabalho para se ir vivendo, ninguém consegue isolar-se totalmente do mundo que o rodeia. E, por isso, tem de fazer concessões.
A solidão, até mesmo o isolamento quase completo e a fuga ao relacionamento podem ser conseguidos só até certo ponto, pois são interrompidos sucessivamente. As necessidades básicas do ser humano impõem os contactos, por poucos que eles sejam. Logo, existe dependência dos outros. Portanto, não há liberdade total.
Essa liberdade absoluta só chega ao homem quando se morre. Aí, liberta-se de tudo. Não necessita mais, seja de quem for. O milionário não tem de se preocupar mais com a guarda dos seus valores. Já não lhe pertencem. O miserável também não precisa da esmola dos outros. O que trabalha, o que obedece, o que se sujeita a normas estabelecidas para que possa manter-se vivo, todos esses só com a morte atingem a liberdade plena.
O homem, desde que nasce, é um escravo dos deveres, de obrigações, de compromissos. Tem de ser cumpridor de regras que outros estabeleceram. Não pode fazer tudo que lhe apeteça, porque se o fizer é criticado, é mal visto, é penalizado e pode deixar de ter a outra liberdade, aquela que também não existe atrás das grades.
Eu, que escrevo este texto, sou livre de colocar no papel aquilo que quero. Mas deixo de o ser se pretendo divulgar publicamente em livro o que produzo. Para mim escrevo o que quero e o que me apetece e o que consigo, mas para os outros essa liberdade fica condicionada à possibilidade de edição. E essa é comandada pelo interesse de um editor, o qual, por sua vez, está limitado pelos interesses do mercado. De que hajam leitores. E estes dependem do seu grau de cultura e do seu poder de compra.
Liberdade, liberdade, cada um chama-lhe sua! Mas, por mais que grite, por muito que se esfalfe cada um de nós a clamar pelo fim das limitações, estamos todos condicionados e isso da liberdade é retórica dos livros.
E poderia ir por aí fora com este tipo de interrogações. Só que a resposta não surge com facilidade. Há muitos mas! Excessivos até!
Seguramente, a liberdade é a característica de não se ter necessidade de qualquer outro para viver. Logo, liberdade absoluta não existe. Se há necessidade de recorrer ao trabalho para se ir vivendo, ninguém consegue isolar-se totalmente do mundo que o rodeia. E, por isso, tem de fazer concessões.
A solidão, até mesmo o isolamento quase completo e a fuga ao relacionamento podem ser conseguidos só até certo ponto, pois são interrompidos sucessivamente. As necessidades básicas do ser humano impõem os contactos, por poucos que eles sejam. Logo, existe dependência dos outros. Portanto, não há liberdade total.
Essa liberdade absoluta só chega ao homem quando se morre. Aí, liberta-se de tudo. Não necessita mais, seja de quem for. O milionário não tem de se preocupar mais com a guarda dos seus valores. Já não lhe pertencem. O miserável também não precisa da esmola dos outros. O que trabalha, o que obedece, o que se sujeita a normas estabelecidas para que possa manter-se vivo, todos esses só com a morte atingem a liberdade plena.
O homem, desde que nasce, é um escravo dos deveres, de obrigações, de compromissos. Tem de ser cumpridor de regras que outros estabeleceram. Não pode fazer tudo que lhe apeteça, porque se o fizer é criticado, é mal visto, é penalizado e pode deixar de ter a outra liberdade, aquela que também não existe atrás das grades.
Eu, que escrevo este texto, sou livre de colocar no papel aquilo que quero. Mas deixo de o ser se pretendo divulgar publicamente em livro o que produzo. Para mim escrevo o que quero e o que me apetece e o que consigo, mas para os outros essa liberdade fica condicionada à possibilidade de edição. E essa é comandada pelo interesse de um editor, o qual, por sua vez, está limitado pelos interesses do mercado. De que hajam leitores. E estes dependem do seu grau de cultura e do seu poder de compra.
Liberdade, liberdade, cada um chama-lhe sua! Mas, por mais que grite, por muito que se esfalfe cada um de nós a clamar pelo fim das limitações, estamos todos condicionados e isso da liberdade é retórica dos livros.
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