
A areia que escorre entre os dedos
lembra a vida que foge e não se agarra
é isso bem visível nos meus medos
desses que me perseguem com amarra
Vejo-a cair no fundo do poço
esse poço que é o fim da vida
é tão rápida a queda que não ouço
nem sinto a dor que provoca a partida
Areia fina que já fostes pedra
milhões de anos por ti passaram
apesar disso és algo que medra
voltarás a ser como te encontraram
As avestruzes no teu seio escondem
as cabeças medrosas, indecisas
e perguntam aos grãos que não respondem
pois aí não há soluções precisas
Mas a vida é tal como a areia
ensopada é igual à argamassa
seca, se o vento dá vai à boleia
rodopiando enquanto o tempo passa
Um dia, porém, leva-a o mar
não fica essa areia onde estava
mas outros bagos irão ocupar
tal espaço onde antes morava
A vida é assim: ondas de areia
ora compacta ou de grãos à solta
nada seguro nesta grande aldeia
que é o mundo sempre em revolta
lembra a vida que foge e não se agarra
é isso bem visível nos meus medos
desses que me perseguem com amarra
Vejo-a cair no fundo do poço
esse poço que é o fim da vida
é tão rápida a queda que não ouço
nem sinto a dor que provoca a partida
Areia fina que já fostes pedra
milhões de anos por ti passaram
apesar disso és algo que medra
voltarás a ser como te encontraram
As avestruzes no teu seio escondem
as cabeças medrosas, indecisas
e perguntam aos grãos que não respondem
pois aí não há soluções precisas
Mas a vida é tal como a areia
ensopada é igual à argamassa
seca, se o vento dá vai à boleia
rodopiando enquanto o tempo passa
Um dia, porém, leva-a o mar
não fica essa areia onde estava
mas outros bagos irão ocupar
tal espaço onde antes morava
A vida é assim: ondas de areia
ora compacta ou de grãos à solta
nada seguro nesta grande aldeia
que é o mundo sempre em revolta
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