Os livros, se não são uma droga são, pelo menos, um vício. Mas um vício saudável. Construtivo. Um prazer que nos agarra e nos leva a folhear as páginas, na ânsia de encontrar satisfação. E quando não é isso que acontece, quando pegamos no livro errado, quando nos enganamos na escolha e optámos por um autor errado, ai, o livro transforma-se num estorvo, num objecto que vai ocupar um espaço que nos faz muita falta para ser preenchido por outro volume que queremos conservar. Sobretudo, porque deitar livros fora, ainda que não prestem para cumprir a missão que lhes cabe, é atitude difícil de tomar.
É isso que eu sinto. E, devo dizer, tenho sempre algum receio de entrar numa livraria, muito embora o faça com certa frequência. É que há sempre um livro que apetece levar para casa. Só que não podemos ceder completamente aos nossos desejos, como as criancinhas. Não há dinheiro que suporte tamanhas tentações e também o espaço de que se dispõe nas estantes não abunda e as mesas, cadeiras e até o chão acumulam livros a aguardar a sua vez de serem lidos. Não que eu devore um volume do princípio ao fim de uma só vez. Ao mesmo tempo, costumo ler três a quatro livros diferentes. Volto atrás em cada um, releio a parte onde fiquei e vou seguindo. Desta forma digiro melhor os textos. É uma forma, como outra qualquer, de apreciar a leitura.
Que os livros são um prazer, disso poucas pessoas terão dúvidas. E pobre delas se se enfastiam com o acto de ler. E, com os livros, acontece-me o mesmo que sucede ao ver as pinturas que me enchem a alma. Quando são bons, estão bem escritos, quer sejam ficção, teatro, poesia ou outro género, nessas circunstâncias sinto uma ponta de inveja. Confesso o meu pecado. E é então que me agarro às folhas de papel, isolo-me do mundo e desato a escrever. O balde do lixo do local onde escrevo enche-se de papelada amachucada que para lá atiro.
É isso que eu sinto. E, devo dizer, tenho sempre algum receio de entrar numa livraria, muito embora o faça com certa frequência. É que há sempre um livro que apetece levar para casa. Só que não podemos ceder completamente aos nossos desejos, como as criancinhas. Não há dinheiro que suporte tamanhas tentações e também o espaço de que se dispõe nas estantes não abunda e as mesas, cadeiras e até o chão acumulam livros a aguardar a sua vez de serem lidos. Não que eu devore um volume do princípio ao fim de uma só vez. Ao mesmo tempo, costumo ler três a quatro livros diferentes. Volto atrás em cada um, releio a parte onde fiquei e vou seguindo. Desta forma digiro melhor os textos. É uma forma, como outra qualquer, de apreciar a leitura.
Que os livros são um prazer, disso poucas pessoas terão dúvidas. E pobre delas se se enfastiam com o acto de ler. E, com os livros, acontece-me o mesmo que sucede ao ver as pinturas que me enchem a alma. Quando são bons, estão bem escritos, quer sejam ficção, teatro, poesia ou outro género, nessas circunstâncias sinto uma ponta de inveja. Confesso o meu pecado. E é então que me agarro às folhas de papel, isolo-me do mundo e desato a escrever. O balde do lixo do local onde escrevo enche-se de papelada amachucada que para lá atiro.
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