PROVOCA-ME a maior tristeza constatar que, no nosso País – onde deveria ser? –, as decisões e as medidas a tomar para ocasionar alguma melhoria nas situações que atravessamos, tardem sempre um tempo interminável, o que quer dizer que os elementos humanos que têm o poder bastante para alterar o que pode e deve ser objecto de melhoria, essa gente que se encontra em lugares que lhes auferem tais possibilidades, os referidos “mandões” não merecem desempenhar as funções que lhes foram proporcionadas e, se as coisas funcionassem como numa empresa, face a essas incapacidades, o que deveriam merecer era serem postos na rua sem apelo nem agravo.
Mas não é disso que se trata, e, para além do enfado que, como português que sou, me amargura a existência e cada vez mais me afasta daquilo que se chama de “orgulho de ser português”, para lá disso é a revolta que me leva também a escrever estes desabafos que, segundo me informam, alguma audiência possuem.
Ninguém terá dúvidas de que o desemprego, provocado pela nítida ausência de espírito empreendedor que quase todos os Governos têm demonstrado e de que o actual dá mostras ainda maiores, é provocada pela falta de trabalho que as actividades privadas provocam por razões de uma concreta crise que se tem alargado por toda a parte. E não são apenas as chamadas grandes empresas – que essas, como é sabido, até têm estado numa fase de redução substancial de trabalhadores, quando não atingem o ponto de encerrar as portas de rompante -, mas serão as menos poderosas, até os estabelecimentos comerciais médios e pequenos que podem contribuir para que os desocupados encontrem resposta à falta de colocação.
Mas, para isso, o que se torna essencial é que, nesta fase particular e sem complexos de nenhuma espécie de ordem política de Esquerda ou de Direita – porque os tempos não estão para isso -, não se criem dificuldades burocráticas e outras complicações no que respeita aos horários de funcionamento de empresas sejam elas quais foram, permitindo que tenham as suas portas abertas ao público, beneficiando com a liberdade de actuação que não se compadece com horas rígidas de fecho, nem com limitações de funcionamento aos domingos e feriados.
É evidente que, desde que esse aumento de permanência do pessoal para lá dos que estabelecem os horários de trabalho, as entidades patronais terão de ser obrigadas a admitir mais colaboradores, o que representa, claramente, ter de se ir buscar ao desemprego gente que está desocupada.
Há também que dizê-lo e da mesma maneira sem complexos, que esta liberdade de actuação corre o perigo de ocasionar abusos na área patronal, os quais não podem passar sem as devidas inspecções, mas, atendendo ao enorme afluxo de cidadãos sem trabalho e que não pára de aumentar, haverá que apelar para a consciência de todos e procurar que se evitem as perseguições desmedidas das autoridades, pois que uma coisa anula a outra. E se, o que temos em Portugal como enorme flagelo é o ter-se atingido já os 11% de desempregados, a prioridade que se defronta é a de usar os meios essenciais para que tal número seja drasticamente reduzido.
Aí pertence às autoridades agirem em moldes correctos e que mostrem resultados positivos, para se conseguirem, o mais rapidamente possível, respostas satisfatórias. Em primeiro lugar, o concederem-se certos apoios aos empresários que, requisitando novos trabalhadores exclusivamente nos serviços oficiais de desemprego, justifiquem a sua contribuição para a baixa de desocupados, sendo um deles um valor equivalente ao que o Fundo de Desemprego desembolsa nas referidas circunstâncias (tendo de suceder o contrário nos casos de despedimentos). E essa atitude, com tempo determinado, levaria seguramente a que das duas partes, do Estado e dos empregadores, se verificasse uma contribuição conjunta contra esse mal horrível que é o de haver gente sem trabalho.
É sabido que os partidos políticos classificados de Esquerda e que de tão grande utilidade são quando se encontram atentos às actuações dos que não prestam serviço de interesses para o País, esses, sobretudo, se mostrarão contrários ao facto de aumentarem os horários dos estabelecimentos e, em particular, não se respeitarem os feriados, já que, no que respeita aos domingos e aos dias santos, a Igreja, essa já se sabe que é contrária. Mas que o próprio CDS também se insurja, como agora o demonstrou, assumindo-se como exageradamente católico no que diz respeito ao trabalho aos domingos, isso é também de estranhar, mas tais posições não podem impedir que o alvo principal, que é o de criar mais trabalho, seja prejudicado.
Burros (com perdão desses simpáticos animais) há-os em toda a parte. Mas quem tem sobre as costas as responsabilidades de gerir os problemas de um País, esses não podem andar ao sabor das ondas e das opiniões partidárias sejam elas quais forem, porque o que está em causa é tudo fazer para que Portugal não caia numa situação que, como já se afirma por aí, se intitula insustentável.
Mas não é disso que se trata, e, para além do enfado que, como português que sou, me amargura a existência e cada vez mais me afasta daquilo que se chama de “orgulho de ser português”, para lá disso é a revolta que me leva também a escrever estes desabafos que, segundo me informam, alguma audiência possuem.
Ninguém terá dúvidas de que o desemprego, provocado pela nítida ausência de espírito empreendedor que quase todos os Governos têm demonstrado e de que o actual dá mostras ainda maiores, é provocada pela falta de trabalho que as actividades privadas provocam por razões de uma concreta crise que se tem alargado por toda a parte. E não são apenas as chamadas grandes empresas – que essas, como é sabido, até têm estado numa fase de redução substancial de trabalhadores, quando não atingem o ponto de encerrar as portas de rompante -, mas serão as menos poderosas, até os estabelecimentos comerciais médios e pequenos que podem contribuir para que os desocupados encontrem resposta à falta de colocação.
Mas, para isso, o que se torna essencial é que, nesta fase particular e sem complexos de nenhuma espécie de ordem política de Esquerda ou de Direita – porque os tempos não estão para isso -, não se criem dificuldades burocráticas e outras complicações no que respeita aos horários de funcionamento de empresas sejam elas quais foram, permitindo que tenham as suas portas abertas ao público, beneficiando com a liberdade de actuação que não se compadece com horas rígidas de fecho, nem com limitações de funcionamento aos domingos e feriados.
É evidente que, desde que esse aumento de permanência do pessoal para lá dos que estabelecem os horários de trabalho, as entidades patronais terão de ser obrigadas a admitir mais colaboradores, o que representa, claramente, ter de se ir buscar ao desemprego gente que está desocupada.
Há também que dizê-lo e da mesma maneira sem complexos, que esta liberdade de actuação corre o perigo de ocasionar abusos na área patronal, os quais não podem passar sem as devidas inspecções, mas, atendendo ao enorme afluxo de cidadãos sem trabalho e que não pára de aumentar, haverá que apelar para a consciência de todos e procurar que se evitem as perseguições desmedidas das autoridades, pois que uma coisa anula a outra. E se, o que temos em Portugal como enorme flagelo é o ter-se atingido já os 11% de desempregados, a prioridade que se defronta é a de usar os meios essenciais para que tal número seja drasticamente reduzido.
Aí pertence às autoridades agirem em moldes correctos e que mostrem resultados positivos, para se conseguirem, o mais rapidamente possível, respostas satisfatórias. Em primeiro lugar, o concederem-se certos apoios aos empresários que, requisitando novos trabalhadores exclusivamente nos serviços oficiais de desemprego, justifiquem a sua contribuição para a baixa de desocupados, sendo um deles um valor equivalente ao que o Fundo de Desemprego desembolsa nas referidas circunstâncias (tendo de suceder o contrário nos casos de despedimentos). E essa atitude, com tempo determinado, levaria seguramente a que das duas partes, do Estado e dos empregadores, se verificasse uma contribuição conjunta contra esse mal horrível que é o de haver gente sem trabalho.
É sabido que os partidos políticos classificados de Esquerda e que de tão grande utilidade são quando se encontram atentos às actuações dos que não prestam serviço de interesses para o País, esses, sobretudo, se mostrarão contrários ao facto de aumentarem os horários dos estabelecimentos e, em particular, não se respeitarem os feriados, já que, no que respeita aos domingos e aos dias santos, a Igreja, essa já se sabe que é contrária. Mas que o próprio CDS também se insurja, como agora o demonstrou, assumindo-se como exageradamente católico no que diz respeito ao trabalho aos domingos, isso é também de estranhar, mas tais posições não podem impedir que o alvo principal, que é o de criar mais trabalho, seja prejudicado.
Burros (com perdão desses simpáticos animais) há-os em toda a parte. Mas quem tem sobre as costas as responsabilidades de gerir os problemas de um País, esses não podem andar ao sabor das ondas e das opiniões partidárias sejam elas quais forem, porque o que está em causa é tudo fazer para que Portugal não caia numa situação que, como já se afirma por aí, se intitula insustentável.
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