ESSA FRASE tão antiga, que vem do tempo em que os estudantes só contavam, à noite, com a luz de petróleo para se agarrarem aos livros e se prepararem para os exames, chegada a esta altura, ao século XXI, da profusão de luz para podermos efectuar os nossos trabalhos ou os nossos prazeres sem a menor dificuldade, melhor ainda do que com a luz do dia, esta expressão não tem aplicação a não ser em sentido figurado.
Mas, mesmo nestas circunstâncias, sempre valerá a pena recomendar a muita gente que se debruce sobre os problemas que tem para resolver e que os estude aplicadamente, como se tivesse que se apresentar perante um julgador das suas capacidades e fosse obrigado a tentar boa nota.
Quem, convencido que decorou toda a matéria e que não necessita aprofundar mais os conhecimentos, abandona o estudo e se prontifica a executar a tarefa que tem pela frente, ainda que o resultado da aprendizagem seja apenas o de “pegado com cuspo” esses podem depois deparar com uma obra que dá “com os burrinhos na água”. É o que sucede com mais frequência por cá.
Ora aí está com o que eu deparo ao pretender seguir as notícias que a nossa “bela” Imprensa de hoje nos pretende transmitir. Dou comigo de cócoras, isto é sem vontade de prosseguir a caminhada que terei ainda para percorrer. E isto é apenas uma amostra do que li.
Perante uma agência de viagens antes bem conceituada, a Marsans, de quem eu já fui cliente, a encerrar subitamente as portas e a deixar apeados sem férias, um número enorme de fregueses que, apesar da crise, já tinha as malas prontas para partir para diferentes destinos e gozar as suas poupanças (afinal ainda há disto!); face a uma afirmação de Cristiano Ronaldo de que terá pago, pelo silêncio de uma misteriosa barriga de aluguer, mais de 12 milhões de euros – o equivalente apenas ao seu ordenado de um ano -, ficando a pertencer-lhe exclusivamente a custódia do seu bebé, tendo havido quem já fez as contas de que a herança do jogador de futebol vale, neste momento, 180 milhões de euros; deixando a gente antiga bastante triste com a notícia de que o Rádio Clube Português vai despedir 36 trabalhadores e que deixa de funcionar aos domingos; tendo decorrido o 8 de Julho em que a CGTP saiu à rua para reclamar contra a situação fiscal que considera insuportável, como se tais saídas à rua fizessem algum efeito, para além da paralisação do trabalho; tomando conhecimento que se teve de que Miguel, também um jogador de futebol da selecção nacional, participou num tiroteio entre dois grupos de noctívagos frequentadores de discotecas; contemplando uma página inteira de um diário com a afirmada agressão de Filipe La Féria a uma costureira, porque não gostou do guarda-roupa feito para uma produção sua; e, por último, ao ter chegado a notícia de que o Tribunal Europeu de Justiça “chumbou” a decisão tomada pelo Estado português de ter utilizado a “golden share” para eliminar a vontade mostrada pelos accionistas da PT na assembleia-geral realizada há dias, o que vai dar ainda muito que falar, pois o Governo não deu, de imediato, mostras de aceitar pacificamente tal decisão; francamente, ao ler e ver nas televisões todas estas notícias, das mais variadas espécies, fecho os olhos e penso. E interrogo-me: Mas é este o País que me rodeia? É em tal pátio de zaragatas e de desentendimentos, em que todos se julgam com a absoluta razão, que eu tenho de continuar a viver?
A pergunta faço-a, mas a resposta que imagino não me satisfaz.E assim vou queimando as pestanas, mesmo sem luz de petróleo e servindo-me da tecnologia moderna do computador. Serve para alguma coisa
Mas, mesmo nestas circunstâncias, sempre valerá a pena recomendar a muita gente que se debruce sobre os problemas que tem para resolver e que os estude aplicadamente, como se tivesse que se apresentar perante um julgador das suas capacidades e fosse obrigado a tentar boa nota.
Quem, convencido que decorou toda a matéria e que não necessita aprofundar mais os conhecimentos, abandona o estudo e se prontifica a executar a tarefa que tem pela frente, ainda que o resultado da aprendizagem seja apenas o de “pegado com cuspo” esses podem depois deparar com uma obra que dá “com os burrinhos na água”. É o que sucede com mais frequência por cá.
Ora aí está com o que eu deparo ao pretender seguir as notícias que a nossa “bela” Imprensa de hoje nos pretende transmitir. Dou comigo de cócoras, isto é sem vontade de prosseguir a caminhada que terei ainda para percorrer. E isto é apenas uma amostra do que li.
Perante uma agência de viagens antes bem conceituada, a Marsans, de quem eu já fui cliente, a encerrar subitamente as portas e a deixar apeados sem férias, um número enorme de fregueses que, apesar da crise, já tinha as malas prontas para partir para diferentes destinos e gozar as suas poupanças (afinal ainda há disto!); face a uma afirmação de Cristiano Ronaldo de que terá pago, pelo silêncio de uma misteriosa barriga de aluguer, mais de 12 milhões de euros – o equivalente apenas ao seu ordenado de um ano -, ficando a pertencer-lhe exclusivamente a custódia do seu bebé, tendo havido quem já fez as contas de que a herança do jogador de futebol vale, neste momento, 180 milhões de euros; deixando a gente antiga bastante triste com a notícia de que o Rádio Clube Português vai despedir 36 trabalhadores e que deixa de funcionar aos domingos; tendo decorrido o 8 de Julho em que a CGTP saiu à rua para reclamar contra a situação fiscal que considera insuportável, como se tais saídas à rua fizessem algum efeito, para além da paralisação do trabalho; tomando conhecimento que se teve de que Miguel, também um jogador de futebol da selecção nacional, participou num tiroteio entre dois grupos de noctívagos frequentadores de discotecas; contemplando uma página inteira de um diário com a afirmada agressão de Filipe La Féria a uma costureira, porque não gostou do guarda-roupa feito para uma produção sua; e, por último, ao ter chegado a notícia de que o Tribunal Europeu de Justiça “chumbou” a decisão tomada pelo Estado português de ter utilizado a “golden share” para eliminar a vontade mostrada pelos accionistas da PT na assembleia-geral realizada há dias, o que vai dar ainda muito que falar, pois o Governo não deu, de imediato, mostras de aceitar pacificamente tal decisão; francamente, ao ler e ver nas televisões todas estas notícias, das mais variadas espécies, fecho os olhos e penso. E interrogo-me: Mas é este o País que me rodeia? É em tal pátio de zaragatas e de desentendimentos, em que todos se julgam com a absoluta razão, que eu tenho de continuar a viver?
A pergunta faço-a, mas a resposta que imagino não me satisfaz.E assim vou queimando as pestanas, mesmo sem luz de petróleo e servindo-me da tecnologia moderna do computador. Serve para alguma coisa
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