TENHO ANDADO a vegetar por este mundo. Vontade de permanecer por este vale de lágrimas, confesso que não é, da minha parte, excessiva. Refugio-me no que escrevo, na prosa e na poesia, de vez em quando com alguma pintura, mas cada vez mais chego à conclusão que me ando a enganar a mim mesmo. Na verdade, pretender deitar para o exterior quando o que há cá dentro não tem valor que justifique tal ânsia, essa aspiração tem que resultar naquilo que é a realidade com que me deparo: ninguém se mostra interessado em ler o que debito no computador. Fica tudo no disco e, apesar da informação que recebo periodicamente de que atingiu a casa dos mais de oito mil leitores deste blogue, não sei se serão sempre as mesmas pessoas que, de passagem, lá visitam o endereço que já facilitei a umas tantas criaturas que fizeram o favor de tomar nota, e nada mais do que isso, pois que comentários que ficam registados, esses não posso considerar que sejam tantos que me convençam que, a concordar ou a discordar, sempre existe gente que lá vai seguindo os meus desconsolos.
E é isto. Não me sinto nada entusiasmado a prosseguir com este enfadonho fardo que escrevo diariamente. Aquilo que eu nunca gostei de fazer, que é o considerar-me como qualquer coisa que vale a pena, tem-me mantido em frente do computador a, diariamente, depois de me enfiar nas notícias que são propagadas nos meios de comunicação social, desabafar uma opinião que não acrescenta nada ao que ocorre no mundo que me rodeia.
Entendo, portanto, que o melhor é reflectir sobre se devo parar. Não vale a pena escrever mais com a tentação de que os outros apreciam o que debito nesta máquina infernal.
Este texto, que nem releio, foi redigido de uma assentada. Nem o contemplo depois de estar escrito. O que está, está.
O que desejo, pois, é que todos compreendam a minha posição. A mim basta encafuar-me e ficar mudo. Se me convencerem a mudar de opinião e, ao mesmo tempo, se vier a sentir a falta deste descarregar para o computador, não porque julgue que os outros necessitam de ter contacto com as minhas linhas e os meus poemas, mas apenas e só, egoisticamente, por ser a mim que este exercício faz bem, então, não digo que todos os dias, como até agora, mas de vez em quando, de tempos a tempos, então poderá recomeçar o que paro nesta altura.
A partir de agora este meu compromisso não está garantido. Já veremos o que sucede amanhã.
E é isto. Não me sinto nada entusiasmado a prosseguir com este enfadonho fardo que escrevo diariamente. Aquilo que eu nunca gostei de fazer, que é o considerar-me como qualquer coisa que vale a pena, tem-me mantido em frente do computador a, diariamente, depois de me enfiar nas notícias que são propagadas nos meios de comunicação social, desabafar uma opinião que não acrescenta nada ao que ocorre no mundo que me rodeia.
Entendo, portanto, que o melhor é reflectir sobre se devo parar. Não vale a pena escrever mais com a tentação de que os outros apreciam o que debito nesta máquina infernal.
Este texto, que nem releio, foi redigido de uma assentada. Nem o contemplo depois de estar escrito. O que está, está.
O que desejo, pois, é que todos compreendam a minha posição. A mim basta encafuar-me e ficar mudo. Se me convencerem a mudar de opinião e, ao mesmo tempo, se vier a sentir a falta deste descarregar para o computador, não porque julgue que os outros necessitam de ter contacto com as minhas linhas e os meus poemas, mas apenas e só, egoisticamente, por ser a mim que este exercício faz bem, então, não digo que todos os dias, como até agora, mas de vez em quando, de tempos a tempos, então poderá recomeçar o que paro nesta altura.
A partir de agora este meu compromisso não está garantido. Já veremos o que sucede amanhã.
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