NÃO HAVERÁ MUITA GENTE que possa entender o motivo por que dois partidos, um do Governo e o outro na Oposição, este com percentagem agora mais favorável por parte dos possíveis votantes, segundo as sondagens, ao discutirem a forma de encontrar uma solução para um problema que se ponha na situação nacional, não são capazes de o fazer em privado, cada qual com a sua opção, como é evidente, mas só trazendo a lume o que ficar decidido no final das controvérsias, sem regatear em público, como está a acontecer agora?
É claramente um apetite de atirar pedras na praça pública, o que só serve para que todos fiquem ainda mais cientes de que os políticos que temos, sejam eles de que grupo partidário sejam, não têm comportamentos de gente séria e decente, e que só através dos confrontos de palavras é que talvez encontrem forma de se entenderem. Uma pena.
Não importa o tema, não lhes chegam as trocas de palavras no Parlamento, que é um local onde, na verdade, tal acção pode e deve ser utilizada, até para criar os ambientes onde, posteriormente, as votações dos diferentes grupos fazem valer os princípios que defendem. Agora, utilizar todas as manifestações no exterior e sobretudo desejando tirar vantagem mediática das declarações nas televisões e nas entrevistas que concedem a torto e a direito, retardando por dias e semanas a chegada a um acordo, proceder dessa forma é dar mostra pública de que um entendimento entre os nossos políticos é coisa que faz parte das suas prioridades.
Que interessa a esses profissionais da política, os que lá recebem os seus salários e as suas benesses através da actividade que praticam e que, conforme se sabe, não são de gente com dificuldades financeiras, que lhes interessa que, por exemplo, o desemprego tenha chegado já a um número que tem de assustar qualquer português, mais de 700 mil, que os assaltos e roubos, até nos comboios, constituam uma actuação que passou a considerar-se normal, que cada vez há mais estabelecimentos comerciais a encerrar as suas portas por falta de clientela, que as falências já nem causem admiração a ninguém que vive em Portugal? Nada disso é importante, pois o que se encontra na primeira opção é prolongar as discussões para saber como se pagam as portagens nas scuts, como se este assunto constituísse uma prioridade e tão grande quebra-cabeças, com grande dificuldade em encontrar um acordo entre as partes.
As vaidades dos homens que fazem parte desses grupos partidários levam-nos a que, ao atingir-se o ponto de encontro de opiniões, cada um afirme publicamente que foi a sua que teve o privilégio de sair vitoriosa, como se de um campeonato se tivesse tratado. Uma vergonha!
E os restantes partidos, os que não participaram nas ditas reuniões, também não ficam calados. Não querendo ficar de fora do “teatro” montado, também prestam as suas opiniões, afirmando que eles teriam chegado à melhor conclusão muito antes…
Mas, finalmente, neste País, o que é da máxima importância é culpar o Carlos Queirós por Portugal não ter passado no Mundial de futebol, como se fosse esse o assunto e a personalidade de maior importância e mais urgente para a solução de problemas graves do nosso País. Somos, na verdade, uma Nação e um povo – logo assim são os políticos que cá exercem as suas funções – que gasta todos os seus esforços e recursos em matérias que, seria bom que terminem a nosso contento mas que, se não for assim, não é por aí que contribuem para a nossa desgraça. Pagar as portagens desta ou daquela forma (e haverá uma que pode ser a mais indicada) não tem de constituir um emaranhado de reuniões, de confrontos de maus modos, de cenas em que se atiram uns contra os outros.
Tenham bom senso, senhores!
É claramente um apetite de atirar pedras na praça pública, o que só serve para que todos fiquem ainda mais cientes de que os políticos que temos, sejam eles de que grupo partidário sejam, não têm comportamentos de gente séria e decente, e que só através dos confrontos de palavras é que talvez encontrem forma de se entenderem. Uma pena.
Não importa o tema, não lhes chegam as trocas de palavras no Parlamento, que é um local onde, na verdade, tal acção pode e deve ser utilizada, até para criar os ambientes onde, posteriormente, as votações dos diferentes grupos fazem valer os princípios que defendem. Agora, utilizar todas as manifestações no exterior e sobretudo desejando tirar vantagem mediática das declarações nas televisões e nas entrevistas que concedem a torto e a direito, retardando por dias e semanas a chegada a um acordo, proceder dessa forma é dar mostra pública de que um entendimento entre os nossos políticos é coisa que faz parte das suas prioridades.
Que interessa a esses profissionais da política, os que lá recebem os seus salários e as suas benesses através da actividade que praticam e que, conforme se sabe, não são de gente com dificuldades financeiras, que lhes interessa que, por exemplo, o desemprego tenha chegado já a um número que tem de assustar qualquer português, mais de 700 mil, que os assaltos e roubos, até nos comboios, constituam uma actuação que passou a considerar-se normal, que cada vez há mais estabelecimentos comerciais a encerrar as suas portas por falta de clientela, que as falências já nem causem admiração a ninguém que vive em Portugal? Nada disso é importante, pois o que se encontra na primeira opção é prolongar as discussões para saber como se pagam as portagens nas scuts, como se este assunto constituísse uma prioridade e tão grande quebra-cabeças, com grande dificuldade em encontrar um acordo entre as partes.
As vaidades dos homens que fazem parte desses grupos partidários levam-nos a que, ao atingir-se o ponto de encontro de opiniões, cada um afirme publicamente que foi a sua que teve o privilégio de sair vitoriosa, como se de um campeonato se tivesse tratado. Uma vergonha!
E os restantes partidos, os que não participaram nas ditas reuniões, também não ficam calados. Não querendo ficar de fora do “teatro” montado, também prestam as suas opiniões, afirmando que eles teriam chegado à melhor conclusão muito antes…
Mas, finalmente, neste País, o que é da máxima importância é culpar o Carlos Queirós por Portugal não ter passado no Mundial de futebol, como se fosse esse o assunto e a personalidade de maior importância e mais urgente para a solução de problemas graves do nosso País. Somos, na verdade, uma Nação e um povo – logo assim são os políticos que cá exercem as suas funções – que gasta todos os seus esforços e recursos em matérias que, seria bom que terminem a nosso contento mas que, se não for assim, não é por aí que contribuem para a nossa desgraça. Pagar as portagens desta ou daquela forma (e haverá uma que pode ser a mais indicada) não tem de constituir um emaranhado de reuniões, de confrontos de maus modos, de cenas em que se atiram uns contra os outros.
Tenham bom senso, senhores!
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