JÁ NÃO CHEGAVA sermos um País de tão baixa produtividade em condições normais, para, nesta altura difícil, virem as transmissões televisivas ocasionar ainda mais paragens na actividade dos portugueses que têm funções a cumprir. E essa confirmação já surgiu nos noticiários vindos de fora, considerando que somos a Nação que, durante o campeonato do mundo de futebol, mais paralisa para haver possibilidade de um número enorme de cidadãos se colocarem perante os écrans televisivos e, não só durante a hora e meia que dura cada jogo, mas, já agora, passar mais um tempinho na conversa com os parceiros do espectáculo.
Esta realidade não há ninguém entre nós, sobretudo da área dos responsáveis na governamentação e anexos, que mostre coragem em assinalar publicamente, sobretudo quando, como foi sublinhado num noticiário, até na Assembleia da República, a sala de trabalhos ficou vazia quando se realizou o confronto entre Portugal e a Costa do Marfim. E como, até não conseguimos ganhar, o empate deu motivo para que, logo a seguir e até durante algum tempo posterior, mesmo nos dias seguintes, os comentadores de casa se debruçassem sobre as razões de não termos saídos vencedores, acusando este e aquele e, em particular, o seleccionador que, nestas circunstâncias, é quem tem de levar com as culpas todas.
É evidente que, como portugueses que somos todos, não temos de excluir ninguém da nossa Pátria deste vício futebolístico que, como já se dizia no tempo de Salazar, faz parte do triplo carimbo que nos foi posto: fado, Fátima e futebol. Mas, dadas as circunstâncias que atravessamos, de uma crise que não perdoa nem se distrai com fogachos ocasionais, parece que o que deveriam aproveitar os elementos que fazem parte do Executivo era fazer um apelo a todos os considerados trabalhadores – e nisso seria bom que a CGTP colaborasse, mas está quieto! – para mostrarem que os seus interesses são mais defendidos com as mangas arregaçadas dos felizardos que ainda têm emprego, do que refastelarem-se a assistir ao decorrer dos confrontos de bola que, por muito que nos toquem, não podem contribuir para aumentar o desequilíbrio da nossa Balança, claramente com paragens ou reduções na produção, já bastando as “pontes” que os feriados proporcionam e que não há forma de serem eliminados.
Eu bem sei, que se fosse um elemento do Governo que surgisse a declarar publicamente que as televisões estavam impedidas de transmitir os relatos visíveis da referida prova internacional, me defrontaria com a maior greve que o nosso País já suportou. Era a maior afronta que se fazia aos nossos “trabalhadores” e os sindicatos, com os seus mentores também tão amigos de ser produtivos, tomariam a liderança de exigir que o Executivo caísse por tão monstruosa maldade!
Realmente, preso por ter cão e por não ter, é um lema que se pratica muito por cá. E como os que se sentam nas cadeiras do poder também, estou quase certo, não abdicam de seguir esses acontecimentos, o mais cómodo é não tomar qualquer medida que seja considerada antipática à maioria dos portugueses.
Por isso, este blogue é cómodo. Não suporta quaisquer responsabilidades!...
Esta realidade não há ninguém entre nós, sobretudo da área dos responsáveis na governamentação e anexos, que mostre coragem em assinalar publicamente, sobretudo quando, como foi sublinhado num noticiário, até na Assembleia da República, a sala de trabalhos ficou vazia quando se realizou o confronto entre Portugal e a Costa do Marfim. E como, até não conseguimos ganhar, o empate deu motivo para que, logo a seguir e até durante algum tempo posterior, mesmo nos dias seguintes, os comentadores de casa se debruçassem sobre as razões de não termos saídos vencedores, acusando este e aquele e, em particular, o seleccionador que, nestas circunstâncias, é quem tem de levar com as culpas todas.
É evidente que, como portugueses que somos todos, não temos de excluir ninguém da nossa Pátria deste vício futebolístico que, como já se dizia no tempo de Salazar, faz parte do triplo carimbo que nos foi posto: fado, Fátima e futebol. Mas, dadas as circunstâncias que atravessamos, de uma crise que não perdoa nem se distrai com fogachos ocasionais, parece que o que deveriam aproveitar os elementos que fazem parte do Executivo era fazer um apelo a todos os considerados trabalhadores – e nisso seria bom que a CGTP colaborasse, mas está quieto! – para mostrarem que os seus interesses são mais defendidos com as mangas arregaçadas dos felizardos que ainda têm emprego, do que refastelarem-se a assistir ao decorrer dos confrontos de bola que, por muito que nos toquem, não podem contribuir para aumentar o desequilíbrio da nossa Balança, claramente com paragens ou reduções na produção, já bastando as “pontes” que os feriados proporcionam e que não há forma de serem eliminados.
Eu bem sei, que se fosse um elemento do Governo que surgisse a declarar publicamente que as televisões estavam impedidas de transmitir os relatos visíveis da referida prova internacional, me defrontaria com a maior greve que o nosso País já suportou. Era a maior afronta que se fazia aos nossos “trabalhadores” e os sindicatos, com os seus mentores também tão amigos de ser produtivos, tomariam a liderança de exigir que o Executivo caísse por tão monstruosa maldade!
Realmente, preso por ter cão e por não ter, é um lema que se pratica muito por cá. E como os que se sentam nas cadeiras do poder também, estou quase certo, não abdicam de seguir esses acontecimentos, o mais cómodo é não tomar qualquer medida que seja considerada antipática à maioria dos portugueses.
Por isso, este blogue é cómodo. Não suporta quaisquer responsabilidades!...
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