EU ESTOU FARTO de avisar que, até hoje e com raras excepções, tenho tido o infortúnio de, ao longo da minha vida, ter dado mostras de ter razão antes de tempo. E digo infortúnio porque, com raras excepções, aquilo que prevejo refere-se a situações desagradáveis, dado que essa característica de uma espécie de adivinhação não me beneficia nos casos dos jogos, da lotaria ou do totoloto por exemplo.
Mas, o pessimismo que vem associado às previsões dos acontecimentos que se encontram à espreita tem algo a ver com o estudo das situações que se atravessam e, conhecendo minimamente o nosso País e o nosso Povo, chego a conclusões que são susceptíveis de quem, e não apenas eu, se interessa por andar minimamente prevenido para não ser apanhado de surpresa pelo que poderá surgir no tempo seguinte.
Mas vamos a factos. Com a devida antecedência lancei o alerta de que a crise que já se movimentava noutras partes do mundo iria cá chegar e que, nessa altura, um País de características pobres como o nosso não teria condições para sair ileso da avalanche. Era necessário e urgente tomar precauções e avisar os nossos cidadãos que era forçoso que a produção aumentasse e que o espírito de economia devia ser implantado, especialmente porque se vivia um período em que, mesmo sem razões para tal, os portugueses andavam a actuar perdulariamente, seguindo, isso é verdade, o exemplo que era praticado pelos nossos governantes ao anunciar gastos exagerados e completamente descabidos para as nossas posses, pelo que as dívidas se foram acumulando por todos, o que aliás os próprios bancos entusiasmavam para arrecadar lucros fabulosos, e não sendo excepção o que o Estado, pedindo fora os milhares de milhões de euros que os nossos vindouros encontrarão por pagar quando chegar a sua altura de tomar conta daquilo que é o País deles.
Pois eu avisei repetidamente que o perigo era muito grande e que o risco de se ter de sofrer as consequências de um desperdício que não se justificava, tendo mesmo chegado a prever que os impostos não chegariam para enfrentar uma situação incontornável e que ninguém poderia garantir que os meses extras do Natal e das férias não viessem a ser diminuídos e até suprimidos, na altura em que se encontrasse o cofre do Estado vazio nesse sector. Ainda não chegámos aí, mas seria bom que fôssemos pondo as barbas de molho, pois que o ano 2011 é o que vem a seguir e, até se ocorrer a queda do actual Executivo e outro, de mãos livres, tomar contacto com a realidade, ninguém pode garantir que não se veja obrigado a actuar duramente, tanto mais que aponta para o seu antecessor a culpa do que for obrigado a impor. É o costume!
Nesta altura, a dívida pública ronda os 90% do PIB. Há que pagar salários a 700 mil funcionários públicos. O número de desempregados, nesta altura à volta também do memo número, 700 mil, não dá sinais de se reduzir, antes pelo contrário. A diminuição das despesas a cargo do Estado não consegue ser reduzida, especialmente por inaptidão por parte dos governantes. Talvez pela mesma razão ou será por conveniência em não ferir benesses dos amigos, sejam eles membros do PS ou façam parte de interesses financeiros que não convêm ser mexidos, a verdade é que não se tomam medidas sérias e profundas para terminar com as poucas-vergonhas, que já nem se escondem, de permitir que uns tantos cavalheiros aufiram proventos escandalosos em ocupações em que o Estado intervém. Pois tudo isso e muito mais que não cabe neste espaço referir será o que vai contribuir para que, prevejo que no próximo ano ou, no máximo, em 2012, as medidas restritivas que têm de ser implantadas, comparadas com as que sofremos neste momento, estas agora são autênticos pasteis de nata…
E, por muito que as CGTP, os sindicatos, as UGT, os movimentos que sairão para a rua, as greves que se promoverem, todas as reclamações que se fizerem não chegarão para que as leis laborais não sejam modificadas, ao ponto de se passar a aceitar que patrões e laboradores não estejam sujeitos a manter os empregos, passando a ser inteiramente livre o entrar e sair das actividades profissionais sem aviso prévio. E a razão que os desempregados aceitarão será o da perspectiva de diminuir significativamente o enorme número de gente sem trabalho.
É mais do que garantido que se levantarão muitas vozes contra esta previsão. E bem gostaria eu de não ter razão. Só que, provavelmente, estas e outras medidas bem desagradáveis também serão tomadas por essa Europa fora.
Eu aviso!...
Mas, o pessimismo que vem associado às previsões dos acontecimentos que se encontram à espreita tem algo a ver com o estudo das situações que se atravessam e, conhecendo minimamente o nosso País e o nosso Povo, chego a conclusões que são susceptíveis de quem, e não apenas eu, se interessa por andar minimamente prevenido para não ser apanhado de surpresa pelo que poderá surgir no tempo seguinte.
Mas vamos a factos. Com a devida antecedência lancei o alerta de que a crise que já se movimentava noutras partes do mundo iria cá chegar e que, nessa altura, um País de características pobres como o nosso não teria condições para sair ileso da avalanche. Era necessário e urgente tomar precauções e avisar os nossos cidadãos que era forçoso que a produção aumentasse e que o espírito de economia devia ser implantado, especialmente porque se vivia um período em que, mesmo sem razões para tal, os portugueses andavam a actuar perdulariamente, seguindo, isso é verdade, o exemplo que era praticado pelos nossos governantes ao anunciar gastos exagerados e completamente descabidos para as nossas posses, pelo que as dívidas se foram acumulando por todos, o que aliás os próprios bancos entusiasmavam para arrecadar lucros fabulosos, e não sendo excepção o que o Estado, pedindo fora os milhares de milhões de euros que os nossos vindouros encontrarão por pagar quando chegar a sua altura de tomar conta daquilo que é o País deles.
Pois eu avisei repetidamente que o perigo era muito grande e que o risco de se ter de sofrer as consequências de um desperdício que não se justificava, tendo mesmo chegado a prever que os impostos não chegariam para enfrentar uma situação incontornável e que ninguém poderia garantir que os meses extras do Natal e das férias não viessem a ser diminuídos e até suprimidos, na altura em que se encontrasse o cofre do Estado vazio nesse sector. Ainda não chegámos aí, mas seria bom que fôssemos pondo as barbas de molho, pois que o ano 2011 é o que vem a seguir e, até se ocorrer a queda do actual Executivo e outro, de mãos livres, tomar contacto com a realidade, ninguém pode garantir que não se veja obrigado a actuar duramente, tanto mais que aponta para o seu antecessor a culpa do que for obrigado a impor. É o costume!
Nesta altura, a dívida pública ronda os 90% do PIB. Há que pagar salários a 700 mil funcionários públicos. O número de desempregados, nesta altura à volta também do memo número, 700 mil, não dá sinais de se reduzir, antes pelo contrário. A diminuição das despesas a cargo do Estado não consegue ser reduzida, especialmente por inaptidão por parte dos governantes. Talvez pela mesma razão ou será por conveniência em não ferir benesses dos amigos, sejam eles membros do PS ou façam parte de interesses financeiros que não convêm ser mexidos, a verdade é que não se tomam medidas sérias e profundas para terminar com as poucas-vergonhas, que já nem se escondem, de permitir que uns tantos cavalheiros aufiram proventos escandalosos em ocupações em que o Estado intervém. Pois tudo isso e muito mais que não cabe neste espaço referir será o que vai contribuir para que, prevejo que no próximo ano ou, no máximo, em 2012, as medidas restritivas que têm de ser implantadas, comparadas com as que sofremos neste momento, estas agora são autênticos pasteis de nata…
E, por muito que as CGTP, os sindicatos, as UGT, os movimentos que sairão para a rua, as greves que se promoverem, todas as reclamações que se fizerem não chegarão para que as leis laborais não sejam modificadas, ao ponto de se passar a aceitar que patrões e laboradores não estejam sujeitos a manter os empregos, passando a ser inteiramente livre o entrar e sair das actividades profissionais sem aviso prévio. E a razão que os desempregados aceitarão será o da perspectiva de diminuir significativamente o enorme número de gente sem trabalho.
É mais do que garantido que se levantarão muitas vozes contra esta previsão. E bem gostaria eu de não ter razão. Só que, provavelmente, estas e outras medidas bem desagradáveis também serão tomadas por essa Europa fora.
Eu aviso!...
Sem comentários:
Enviar um comentário