A ENTREVISTA de Manuel Alegre (um homem que eu conheço perfeitamente e que até acompanhei, pela correspondência que mantive com o seu companheiro de exílio político em Argel, com o meu grande amigo Fernando Piteira Santos, pois nos escrevíamos através de um intermediário em Paris, ao longo dos vários anos que decorreu aquele afastamento do País e que foi mesmo a causa da excelente poesia que produziu, sobretudo aquela do “Vento do meu País”), pois essa entrevista veio-me recordar o contacto pessoal que mantive mais tarde, na época em que, no meu Jornal “o País”, o político socialista detinha uma coluna onde debitava as suas opiniões sobre os acontecimentos pós 25 de Abril, pelo que tais circunstâncias me permitem emitir uma opinião quanto ao homem que se propõe candidatar-se, de novo, ao lugar supremo da Nação quando ocorrerem as eleições, esperando-se que, entretanto, o actual Presidente dê a conhecer se se recandidata, atitude que deveria já ter tornada conhecida.
Nesta altura só pretendo esclarecer que considero este passo político que o deputado do PS vai repetir, como sucedeu nas últimas eleições para o mesmo lugar em Belém, de enorme significado e, por isso, de grande importância, posto que a sua posição de independente, embora apoiado pelos socialistas e pelo Bloco de Esquerda, mostrará ao País qual é a inclinação política maioritária dos cidadãos do nosso País, ou seja, se se situa mais do lado conservador ou se opta pela área esquerdista. Isso, de acordo com a vitória que for alcançada, ou por Cavaco Silva ou por Manuel Alegre. Ficarmos por esse motivo a conhecer qual a preferência dos portugueses, depois de um largo período socialista.
Não deixa de ser muito interessante assistir-se ao que o próximo futuro nos reservará. Se Manuel Alegre conseguirá abrir alguma porta de saída que, como é absolutamente necessário, e crie esperanças de que encontraremos, com essas eleições, uma volta rigorosamente necessária à situação em que nos encontramos agora ou se pouco se alterará quanto ao que presenciamos nesta altura.
E não vale a pena mantermos a repetição do que se proclama de que o Presidente da República não tem influência numa governação. Todos sabemos que não é exactamente assim. É que, dentro das condicionantes impostas pela Constituição, sempre existem algumas formas de interferência que Belém pode utilizar para não deixar que as asneiras políticas se sucedam sem se lhes pôr cobro a tempo.
Com isto não quero dizer que a eventual eleição de Manuel Alegre represente um completo descanso no que se refere à fiscalização do Executivo que esteja a exercer as suas funções. Só ocorrerá uma mudança, caso haja substituição de Presidente. Se será eventualmente para melhor, só depois é que se ficará a saber. Eu, que tenho acompanhado a vida política de Manuel Alegre, que o conheço como digo acima, que, se escrevesse a minha obra biográfica teria um acontecimento bizarro a contar em relação à sua personalidade, com tudo isso não me atrevo a futurizar. Neste País temos de andar sempre de pé atrás!...
Nesta altura só pretendo esclarecer que considero este passo político que o deputado do PS vai repetir, como sucedeu nas últimas eleições para o mesmo lugar em Belém, de enorme significado e, por isso, de grande importância, posto que a sua posição de independente, embora apoiado pelos socialistas e pelo Bloco de Esquerda, mostrará ao País qual é a inclinação política maioritária dos cidadãos do nosso País, ou seja, se se situa mais do lado conservador ou se opta pela área esquerdista. Isso, de acordo com a vitória que for alcançada, ou por Cavaco Silva ou por Manuel Alegre. Ficarmos por esse motivo a conhecer qual a preferência dos portugueses, depois de um largo período socialista.
Não deixa de ser muito interessante assistir-se ao que o próximo futuro nos reservará. Se Manuel Alegre conseguirá abrir alguma porta de saída que, como é absolutamente necessário, e crie esperanças de que encontraremos, com essas eleições, uma volta rigorosamente necessária à situação em que nos encontramos agora ou se pouco se alterará quanto ao que presenciamos nesta altura.
E não vale a pena mantermos a repetição do que se proclama de que o Presidente da República não tem influência numa governação. Todos sabemos que não é exactamente assim. É que, dentro das condicionantes impostas pela Constituição, sempre existem algumas formas de interferência que Belém pode utilizar para não deixar que as asneiras políticas se sucedam sem se lhes pôr cobro a tempo.
Com isto não quero dizer que a eventual eleição de Manuel Alegre represente um completo descanso no que se refere à fiscalização do Executivo que esteja a exercer as suas funções. Só ocorrerá uma mudança, caso haja substituição de Presidente. Se será eventualmente para melhor, só depois é que se ficará a saber. Eu, que tenho acompanhado a vida política de Manuel Alegre, que o conheço como digo acima, que, se escrevesse a minha obra biográfica teria um acontecimento bizarro a contar em relação à sua personalidade, com tudo isso não me atrevo a futurizar. Neste País temos de andar sempre de pé atrás!...
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