segunda-feira, 7 de junho de 2010

OS PERIGO DESTE MUNDO


ENTÃO NÃO E VERDADE que este mundo em que nos encontramos, na fase actual, está a ser avassalado por acontecimentos que tiram toda a tranquilidade de espírito de que o ser humano tanto precisa para procurar formas de melhorar a vivência do total de seis mil e tantos milhares de milhões de habitantes?
O gravíssimo problema criado com a invasão do petróleo em bruto, saído de uma cratera aberta no fundo do golfo do México, em que se estão a espalhar pelo mar, em cada hora que passa, milhões de litros daquele precioso produto, estragando um ambiente que já nem nos oceanos é protegido, essa obra desastrosa do ser humano que, como sempre, é ele que provoca a ruína, cada vez mais grave, da Terra que será, segundo parece, o único local onde os homens encontram o seu ponto de acolhimento, vem juntar-se a outros acontecimentos que, desde que os progressos das chamadas ciências têm surgido, contribuem para a diminuição de boas capacidades naturais da Esfera que nos foi concedida… segundo as diferentes religiões que encontram resposta para a eterna pergunta.
Mas, parece que em combinação de diversos factores, o Homem está a dar de caras, nesta altura, com muitos acontecimentos que contribuem para que as notícias diárias sejam cada vez mais assustadoras. Sendo já historicamente de muito longínqua data a não amizade entre muçulmanos e outras fés religiosas, que tem vindo a ser transferida também para o sector político, o radicalismo levou a que fossem criadas o que, neste lado do mundo, se consideram tratar-se de acções terroristas, as quais constituem já uma actuação que ultrapassa a simples existência de grupos que provocam acidentes ocasionais. Há que ter a consciência de que são poderosos e até o próprio petróleo lhes fornece meios materiais importantes, não havendo nenhuma certeza de que o poder atómico não influencia tanto, quer os que atacam como os que se encontram na defesa.
A aversão já com raízes entre israelitas e praticantes da religião muçulmana, mesmo que se tratem também de problemas de ocupação de territórios que as duas partes reivindicam, o sucedido agora com a Facha de Gaza, que veio prejudicar alguma simpatia de que os judeus beneficiavam por grande parte do Globo, esse enfrentamento não ajuda a possibilidade de um entendimento que, mesmo difícil, se ia mantendo em banho Maria. É conhecido que mantenho uma grande simpatia pelo povo judeu, sobretudo uma enorme admiração pela sua capacidade de, por via de uma fé ou nem por isso, evidenciar uma extraordinária cultura, um inegável sentido de entreajuda, e grande poder de união entre si. Mas, nesta situação de Gaza, ainda que saiba que a coberto de ajudas contra a fome, por detrás existe um aproveitamento de fornecimento de armas, mesmo assim não posso deixar de considerar desastrado o meio utilizado para controlar tais apoios. E os israelitas nem necessitam de indicações sobre a forma de actuar.
Mas, para além desse facto desastroso, a ameaça de confronto entre as duas Coreias, que eu conheço por já ter estado em pleno paralelo 38, tendo podido assistir ao ódio que sai das caras dos militares que, separados apenas por uma barraca de madeira – sítio onde me sentei a olhar para os dois lados das janelas -, se movimentam para marcar uma presença endurecida, serão sobretudo os do Norte que não hesitarão em carregar no botão da arma atómica que possuem, logo que uma das duas partes dê o primeiro passo, pelo que esses inimigos, com a mesma língua e o mesmo aspecto físico, estão na primeira fila de um confronto mortífero naquela área asiática mas com alargamento que, provavelmente, não se ficará só em redor.
Sobre a Europa, nem vale a pena acrescentar mais ao que já é tristemente conhecido, e o que se assiste é a uma falta de capacidade, por parte dos habitantes deste Continente, para que não se desuna e fortifique uma comunidade que tem de defender os interesses comuns, o económico, o financeiro e o social, e que constitua o contributo para resolver os desentendimentos que o ser humano provoca por todos os sítios onde se instala e de que o nosso conjunto europeu não escapa.
Nós, aqui em Portugal, estaremos sentados a aguardar pelos acontecimentos. Mais do que isso também não podemos, nem sabemos fazer. Também bastam-nos já os nossos próprios problemas, que esses, igualmente, nem sequer damos mostras de os conseguir solucionar.

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